domingo, 26 de setembro de 2010

Os nossos "manjares"...






Arroz de cabidela e de polvo no forno ...
Sobremesa...uma doce tentação: leite creme com maçã e canela.

Locais encantadores





Locais encantadores nem sempre são os que vêm nas revistas turísticas.
Há quinze dias fui contemplada com momentos de inspiração que a natureza me ofereceu, locais e pessoas.Cheguei numa Sexta-feira ao lugar da Ribeira e uma surpresa me esperava: um frango caseiro de cabidela feito pela Alda.
Jantámos na varanda e a noite prolongou-se...

O Jimy e o seu compamheiro não nos largaram.

Aqui relaxei e desfrutei de uma "experiência gastronómica" muito simples e recheada de amizade.

Voltarei!

Casas de Ponte de Lima






Em pleno coração do vale da Ribeira do Lima, o concelho de Ponte de Lima é o Minho em toda a sua rusticidade e beleza paisagística. Terra plena de história, situada na antiga via militar Braga-Tui, pertenceu, até ao reinado de D. Afonso Henriques, à Diocese de Tui.
Dona Teresa foi quem primeiro lhe concedeu foral, em 1125, ordenando a realização de uma feira de modo a fixar a população e promover a economia.

A vila de Ponte de Lima possui um conjunto de casas antigas que desde sempre deram a esta vila do Alto Minho uma originalidade e características próprias.

Passei por lá e trouxe comigo estas bonitas imagens!

sábado, 25 de setembro de 2010

O carteiro de Pablo Neruda



O Carteiro de Pablo Neruda é uma daquelas pérolas do cinema que nos fazem sorrir e que nos emocionam. Num tom lírico este filme mostra-nos a amizade que se criou entre o poeta chileno e o seu carteiro e o enamoramento deste ultimo pela bela Beatrice Russo.

Por razões políticas o poeta Pablo Neruda é obrigado a procurar exílio numa ilha em Itália. Neruda é amado pelo povo pelas suas crenças comunistas e pelas mulheres pelos seus poemas de amor. Mário é filho de um pescador e está desempregado. Ele tem muitas dificuldades a ler e escrever, mas mesmo assim consegue ser contratado como carteiro, tendo como privilégio ser o encarregado da correspondência do poeta.

Este é o retracto delicioso e inesquecível da busca de amor, felicidade de um homem. Recheado de momentos hilariantes, proporcionados principalmente por Massimo Troisi, que tem um papel encantador e muito rico. O filme é ainda uma ode à poesia, às metáforas, ao amor.

O actor e argumentista Massimo Troisi morreu de ataque cardíaco apenas 12 horas após a conclusão das filmagens deste filme. Apesar de saber que era doente cardíaco e que necessitava de tratamento e descanso, persistiu na sua ideia de terminar esta personagem. Está então de parabéns pois deixa um enorme carinho, pela sua simples mas grandiosa personagem cativante.

Fonte: Inês Montenegro

Uma história simples que, precisamente, pela sua simplicidade encanta.

Uma curiosidade...

... um diálogo entre Mario Ruoppolo e Pablo Neruda bastante engraçado.
Após roubar um poema de Neruda e entregar à sua amada, o carteiro diz:
"A poesia não é de quem escreve e, sim, de quem precisa dela".

E eu digo : as citações não são de quem as escreve, mas de quem gosta delas.

Morre lentamente quem evita uma paixão...




Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Poema de Pablo Neruda