segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A beleza que nos rodeia...




" Aquilo que nos rodeia não é senão o espelho do que temos cá dentro. Se tratarmos a nossa vida interior como uma descarga, não podemos imaginar que o mundo em redor, como por magia, se transforme num jardim"

(Susanna Tamaro)

Nota: a foto foi tirada por mim nas ilhas Cies. Aconselho a visitarem este local que é uma verdadeira beleza da natureza!



























Para sempre

Frases extraídas do livro de Susanna Tamaro...

 Não são as coisas que fazemos que dão  qualidade aos nossos dias, mas sim a maneira como as fazemos. (...) será a tua retidão que permitirá o navio chegar a bom porto, será a tua não rendição, o não cederes ao medo que permitirá salvar  a carga, a tripulação e os passageiros que te foram confiados.

Belo momento

O Natal de Charlie Brown"

A tristeza do personagem das tirinhas Peanuts é ainda mais visível durante o Natal. Charlie Brown se sente ainda mais triste durante essa época do ano - ele realmente não entende a importância que as pessoas dão a presentes superficiais. Toda a sutileza do humor de Charles Schulz está presente no curta animado "O Natal de Charlie Brown".


Para ajudar Charlie Brown a ficar mais feliz durante esse momento do ano, sua amiga egocêntrica, Lucy, propõe que Charlie seja o diretor da peça de natal que sua turma irá realizar. Desacreditado pelas outras crianças por sempre estragar todas as brincadeiras, Charlie se motiva a dirigir o espetáculo. Enquanto as demais crianças queriam apenas dançar e se divertir, Charlie se empenha na tarefa de conduzir a peça. Na busca de uma caracterização melhor do cenário, Lucy convence Charlie a buscar uma árvore de natal, especificando que quer uma grande e bonita de metal, mas Charlie decide levar uma pequena e frágil, porém viva. As outras crianças ficam inconformadas e constatam que Charlie Brown não consegue fazer nada direito.
A árvore, no entanto, pode representar o que Charlie Brown quer entender do Natal. É muito mais do que aparência, é um sentimento a ser cuidado, cultivado. Não é um produto, um presente. É mais do que uma árvore de metal, por mais bonita que essa seja, é uma árvore de verdade. Por isso a incompreensão do personagem face ao significado que as outras pessoas dão à data, mais superficial do que o depressivo Charlie consegue enxergar na árvore.

  Charlie Brown é um existencialista, e por isso questiona a vida, o amor, o Natal. E por não compreendê-los, pelo menos não da maneira que a maioria das pessoas os compreende, é que se torna mais amargurado. A tristeza de Charlie Brown, assim, não é somente um estado de espírito, mas sim uma parte de sua personalidade.

/obvious





terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Penha de Macôr


O nome desta vila, segundo uma das lendas, terá origem num célebre bandido, que aqui terá habitado, de nome Macôr. Segundo dizem, este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr.
Segundo outra versão uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor. Ainda outra refere, que nesta zona existiam duas povoações, ambas localizadas em montes, Pena de Garcia e Pena Maior. Com a adulteração da pronúncia Castelhana, Magor passou a ser Macor, dando origem a Pena Macor. Seja qual for a origem do nome, o certo é que representa uma das vilas mais bonitas e castiças do País.

O Pelourinho

O pelourinho de Penamacor

O pelourinho situado junto à antiga porta de entrada da Cidadela, do lado exterior à cerca, data de 1565. Conserva ainda os ganchos de ferro forjado, com as argolas originais. O espaço envolvente foi inicialmente Praça Pública, onde se efectuavam todo tipo de vendas, e, mais tarde, convertido em cemitério, que foi extinto em 1857.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

                                          
                                                 Domus Municipalis de Penamacor

Quero voltar a Penamacor!

Gosto de conhecer. Lugares calmos, aprazíveis... Subi as as pedras que me levaram à Torre de Menagem - o que sobra, quase intacto, do castelo. A vista magnífica da vila de Penamacor levou-me até à pequena igreja, às casas quase em presépio, à antiga Domus Municipalis... Desci sobre as pedras e fui em direção ao poço do castelo...parei a admirar a paisagem salpicada de oliveiras. Regressei ao centro histórico. Queria conhecer o pelourinho que a minha amiga Paula me falou. Contou-me: "é um dos poucos que ainda conserva as argolas em ferro, onde se castigava" Tirei fotos... e mais fotos... Quero voltar a Penamacor!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cada folha uma flor




"O Outuno é outra Primavera, cada folha uma flor"

Albert camus

Estas fotos foram tiradas na Quinta dos Castanheiros dos meus amigos Paula e Luís.
Um local paradisíaco.



Medronhos com carinho


Estes medronhos foram acabadinhos de serem colhidos pela minha amiga Paula.
Provei um...apeteceu-me mais...

Se os tivesse, agora aqui, faria este bolo de comer e chorar por mais!!
Batia 250 gr. de açúcar com 150 gr. de manteiga amolecida até obter um creme liso.
Misturava 150 gr. de farinha peneirada e 50 gr. de maizena.
Envolvia, docemente, as claras em castelo. Colocava uma camada de massa na forma, espalhava os medronhos, carinhosamente, na massa e, cobria-os com mais massa. Deixaria a cozer cerca de 45 minutos com a temperatura a 180 graus.

Experimentem e deliciem-se!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Quento mais amor se dá, mais se tem


"O verdadeiro amor nunca se desgasta.
Quanto mais se dá, mais se tem.” [Saint-Exupéry)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


O sabor de viajar



Este dia 8 de Dezembro viajei"cá dentro".
Lugares bonitos e pouco descobertos.
Conhecê-los é sentir o sabor das gentes, os cheiros que pairam no ar...as suas
tradições...

Conheci e vivi a noite mais emblemática e tradicional de Penamacor: o Madeiro.
Um grupo de jovens nascidos no ano de 1991 organizaram a festa, em redor da enorme fogueira. Ali passamos a noite acompanhados pela tuna da Covilhã, o vinho, os coscorões...pela manhã o chocolate quente e o café.

Parabéns a este grupo tão simpático que me acolheu e um abraço aos meus amigos Paula e Luís que me proporcionaram momentos tão bons.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Num dia de chuva



Por trás da minha casa...sabe tão bem estar em casa a ver a chuva...

Simplicidade


Blanca Gómez é uma ilustradora e designer gráfica natural de Madrid. Em criança, passava os dias a pintar, imaginando que anos mais tarde seria pintora. Optou pela publicidade, experimentou depois a fotografia, mas nunca parou de desenhar. “Cosas mínimas” surgiu para divulgar os trabalhos que fazia, muitas vezes rabiscados em post-its e esquecidos em seguida. Minimalistas, divertidas e simples: assim são as suas criações.

A beleza está nas coisas mais simples.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cenas Inesquecíveis



O Império do Sol

Jim Graham é um jovem de 11 anos da classe alta que vive no Oriente com os pais, britânicos. Ele acaba separado dos pais devido a invasão japonesa à China, o que o força a sobreviver pelas próprias forças todos os horrores da Segunda Guerra Mundial.

Este filme não me deixou indiferente...

Crianças de guerra


Durante a Segunda Guerra Mundial, quase toda a população da Rússia foi mobilizada para o esforço de guerra. Muitas crianças lutaram então lado a lado com os adultos, tendo em vista a derrota das forças invasoras alemãs. Estaline utilizou não apenas o sacrifício dos pequenos combatentes como até o aproveitou para fazer propaganda do regime. Eram as crianças da guerra.

Fonte: obvious

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Curiosidades...



Sabia que no início do século XX o número de prostitutas em Viena era o maior per capita de todas as cidades da Europa? Não é coincidência ter sido nesta cidade que surgiu um pintor são sexual e controverso como Egon Schiele. Conheça melhor o trabalho do austríaco.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nós somos os nossos atos!


Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos sao pássaros engailoados,
sentimentos são pássaros em vôo.

Mário Quintana

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Castanhas com pétalas de rosas


A época dá-nos tentações...de degustar as castanhas na companhia de amigos.
Receita para uma noite de magusto

Ingredientes:

12 pétalas de rosas
24 castanhas ou mais... (até fazer um kilo)
7 dl de leite
1 casca de laranja
1 pau de canela
300 g de açúcar
caramelo líquido q.b

Vista-se para receber os amigos (deite fora o avental!).
Depois...graciosamente desloque-se pela cozinha (que deve ser grande) e, coza as castanhas em água abundante. Peça ajuda para as reduzir a puré.

Leve o leite ao lume com uma casquinha de laranja e pau de canela (sinta os aromas da
casca e do pau de canela).

Batem-se os ovos com o açúcar (sempre com energia, ao mesmo tempo mantém a firmeza dos braços) até obter uma massa homógenea. Verta em seguida o leite a ferver (cuidado não se escalde!), aos poucos e mexendo sempre, sobre o puré de castanhas e misture depois o creme de ovos. Retire a casa de laranja e o pau de canela e verta numa forma caramelizada. Vai a cozer em banho maria.

Onde entram as pétalas?
Quando servir o pudim, coloque-o ao lado de uma taça de vidro com água, onde desprendeu com muito cuidado (para não se picar)as pétalas de rosa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não se pode forçar...

Como é que se Esquece Alguém que se Ama? Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

Momento de leitura


Rapariga com brinco de Pérola

Na Holanda do século XVIII Griet é a filha de um pintor de azulejos protestante que perdeu a vista num acidente. Para ajudar a a sua necessitada família, Griet tem de trabalhar como criada numa casa mais acomodada. Quando o pintor Jan Vermeer e a sua esposa a contratam, deixa a sua casa e começa bruscamente a vida adulta. A casa Vermeet, que alberga uma família católica com cinco filhos, a avó e uma criada mais velha, rapidamente se revela como um ambiente hostil....

Deixo aqui um bocadinho...o resto é para lerem nestas noites de Inverno que se aproximam, de preferência à lareira.

Boa leitura!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vale do Rio




Estes são os lugares por onde passo...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

sábado, 3 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011



E tempo de deitar fora o que esta a ocupar espaço, mas que ainda não tivemos coragem de o fazer (eu guardo tudo).

Todos os anos faço isto: arrumo as papeladas que já não servem, que insistem em ficar, ali num canto, que poderia ser útil para outro objecto que não sei onde colocar.

Numa destas arrumações encontrei uns poemas recolhidos por alunos, de uma turma que tive há alguns anos atrás...

Momento de falar


Olá
Depois deste período de descanso, voltei em força.
Não abandonei este meu espaço e vou partilhar muitas fotos dos lugares, por onde passei.

Começo por esta foto que mostra uma verdadeira beleza da natureza..

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Afrodite

"...o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez das oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é o seu destino." (Isabel Allende)

"Arrependo-me dos pratos deliciosos rejeitados por vaidade, tanto como lamento as oportunidades de fazer amor que deixei passar para me dedicar a tarefas pendentes ou por virtude puritana", já que a " sexualidade é um componente da boa saúde, inspira a criação e é parte do caminho da alma... Infelizmente, demorei trinta anos para descobrir isto". (Isabel Allende)

in: "Afrodite: Contos, Receitas e Outros Afrodisíacos" de Isabel Allende

Chocolate, será mesmo afrodisíaco?



O chocolate é o tradicional presente do amor estando ao mesmo nível das rosas como sendo o presente mais romântico que se pode oferecer. Mas é mesmo afrodisíaco? Existem evidências que a resposta é, sim. O chocolate contém 3 substâncias, cafeína, teobromina e fenil-etil-amina que podem estar relacionados com o mito. A cafeína actua como estimulante. Teobromina estimula o músculo do coração e o sistema nervoso. E a fenil-etil-amina tem a reputação (não existem ainda provas conclusivas) de ser responsável pelo bom humor e der ser um antidepressivo.

A combinação destas três substâncias, dando-lhe energia extra, fazendo o seu coração bater mais rápido...bem, é fácil ver porquê o chocolate está relacionado com o amor. Na realidade o rei Azteca Montezuma tinha por hábito beber uma bebida á base de chocolate antes de visitar as suas mulheres. Seja como for, é preciso lembrar que estas substâncias estão presentes no chocolate em pequenas quantidades.
(fonte: food-info.net)

Vou já comer chocolate! Nao quero correr o risco de perder o bom humor...

momento de ouvir

domingo, 17 de julho de 2011

Estou sempre a aprender



Há dias, num passeio pelo campo, um amigo ensinou-me algo que desconhecia sobre os bugalhos. Parámos junto a um carvalho com bugalhos. Alguns caídos no chão, outros ainda na árvore. Perguntou-me se eu sabia a origem do bugalho ( pensei que fosse um fruto e rimo-nos com a minha ignorância...).

O que aprendi naquele dia! Desconhecia o nome ciêntifico do carvalho: quercus. E que a Quercus deu o nome à sua organização em homenagem a estas espécies.

O bugalho é uma saliência, com a forma arredondada, que todos conhecemos, devido ao depósito, num dos seus ramos, de um ovo de vespa (daquelas que eu tenho muito medo!),
A vespa desenvolve-se e alimenta-se no interior do bugalho, onde passará por todas as fases das suas metamorfoses: larva, ninfa, insecto adulto... Curioso, não é?

Nesse dia, aprendi ainda, que podemos ser felizes dando valor a pequenas coisas simples da vida.
Trouxe para casa pequenos bugalhos, um caracol "limpinho"... e, sobreudo, um bem estar calmo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mais do que gostaria...


" Tive de dizer adeus mais vezes do que o que gostaria, mas toda a gente passa por isso. E por muitas vezes que o façamos, mesmo quando é por um bem maior, continua a doer. E embora nunca nos esqueçamos do que prescindimos, temos sempre que seguir em frente. Só não podemos é passar a vida com medo da próxima despedida. Porque o mais provável é que nunca irão acabar. O truque é saber quando é que as despedidas podem ser uma coisa boa. Quando são uma oportunidade para recomeçar."

Autor Anónimo/ Desconhecido

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A melhor lampreia...


Recordo com saudade quando ia com o meu pai saborear a lampreia desta casa "Debaixo da Ponte" - era assim que lhe chamávamos. Uma casa de aldeia, muito simples, mas com a melhor lampreia das redondezas. As portas da sala, onde era servida a refeição, eram de madeira pintadas em azul turquesa, com "bandeiras" a terminar no cimo. Gente genuína que ainda faziam o café na cafeteira de alumínio, onde mexiam, mexiam e depois deixavam assentar a borra no fundo.

Esta casa agora reconstruída e transformada num restaurante. Espero que não tenha perdido a sua genuinidade.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Sol nas Noites e o Luar nos Dias


O SOL NAS NOITES E O LUAR NOS DIAS

De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

Natália Correia

O que as mulheres querem


Tu estás convencida há vários anos de que eu não te compreendo. Esta é sempre a teoria das mulheres, que não são compreendidas, que não são queridas, que não são adoradas, as queixas montanhas grandes, queixas enormes, sempre a justificar uma infelicidade que lhes vem lá do fundo da criação do mundo, do útero, da terra, as mulheres reflectem o útero feminino da terra, um útero cheio de aflições, em conclusão, queixam-se de tudo então entre os quarenta e os cinquenta, esse útero funciona nas alturas, é um útero cósmico que já não é parte de uma mulher, pertence à mulher do mundo. Há muita verdade no que dizes, o homem desinteressa-se facilmente, depois do acto do amor, depois logo sacode as penas, arrebita, passa à frente, domina outro mundo, a mulher fica fechada, acanhada nesse encontro muito íntimo, nesse seu mais fundo dos fundos, na identidade uterina com a ideia da criação, da reprodução da génese, salta, salta, forma-se na mulher a visão do caos a que só ela pelo amor pode dar uma nova regra, pelo domínio da paixão, pela companhia, para isso tem de ser compreendida, ela julga que é compreendida, tem de justificar a sua infelicidade pela compreensão do amor, de um outro amor, a mulher busca no outro amor o amor definitivo, amor que nunca aparece, é o poder fantásmico de convicção, que rompe todas as barreiras, a mulher atira-se, não sabe onde nem como, é capaz dos maiores actos de heroísmo clandestino, aparece, vai, surge, abre-se, mostra o que é o amor, a sua entrega total.

Ruben A., in 'Silêncio para 4'

O que as mulheres querem é serem amadas e desejadas!

domingo, 10 de julho de 2011

A mais nova Nação do Planeta

A mais nova Nação do Planeta,desde as zero hora de Sabádo, dia 9 de Julho de 2011: Sudão do Sul.

Tantas guerras! para quê? Milhões de vidas ceifadas ao longo de cinco décadas.
Nas ruas de juba, a capital do novo país, a população festejou este primeiro dia de independência. Dançavam e gritavam o nome do presidente.

Salva Kiir!
Salva Kiir!

Um homem ajoelhou-se e beijou o chão. "Eu sou livre" - dizia Daniel Deng, um polícia de 27 anos.

Palácio da Brejoeira




Uma chuva miudinha esperava-nos junto ao portão. Do lado de fora das grades, avistámos o palácio. Enorme e imponente!
A chuva não impediu a visita aos jardins e levou-nos mais depressa ao imaginário do passado: o lago com os nenúfares, a ala dos namorados, por detrás dos arbustos, o jardim das Camélias, que, por sua vez, conduz a uma quinta onde se cultiva a vinha.
A adega, onde se faz o famoso "Alvarinho Palácio da Brejoeira", cheirava a mosto do vinho e a velho.

Já no interior do palácio...
Deambulámos pelos salões, o quarto do rei, a sala dos fumadores, a sala das armas...
admirei os azulejos, alguns apreciam pinturas.
O que mais amei: o teatrinho, com cenários em azul céi. Apeteceu-me trazê-lo apra casa!

sábado, 9 de julho de 2011

Um vinho fresco


" Caindo do alto, da bojuda infusa verde-um vinho fresco, esperto, seivoso, e tendo alma. entrando mais na alma, que muito poema ou livro santo"

Eça de Queiróz

Jardins


Sempre gostei do Minho. Com a sua paisagem bucólica, as ramadas de vinho e a verdura que nos cerca para qualquer lado que vamos...
Ontem fiquei a gostar ainda mais. Até da chuva que me acompanhou o dia todo!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A árvore da vida



Vi este filme hoje. Um filme com imagens fabulosas e uma música poderosa. Faz-nos reflectir...

"A aproximação com o foco na relação entre pai e filho, o que expande a visão desta rica relação, desde o Big Bang até o fim dos tempos. O filme mostra uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios que chega ao ponto mais elevado na busca pelo amor altruísta e o perdão..."

domingo, 19 de junho de 2011

Há pessoas que marcam


Há pessoas que nos falam e nem as escutamos,
há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam
mas há pessoas que simplesmente
aparecem em nossas vidas e
nos marcam para sempre.
(Cecília Meireles)

domingo, 12 de junho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

Tentações



Espumante e Ostras!
Uma boa combinação.
"Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado."

"Comer é uma felicidade, se se tem fome. Todo mundo sabe disto. Até os ignorantes nenezinhos. Mas poucos são os que se dão conta de que felicidade maior que comer é cozinhar."

(Rubem Alves)

domingo, 22 de maio de 2011

Infidelidade



Num subúrbio de Nova York Connie Sumner (Diane Lane) leva uma vida feliz e segura ao lado de Edward (Richard Gere), com quem está casada há 11 anos e tem um filho, Charlie (Erik Per Sullivan), que amam muito. Aparentemente nada poderia se interpor na felicidade deste casal, mas este amor será posto à prova quando Connie, ao se ver no meio de uma ventania muito forte em uma pequena rua do Soho, acaba derrubando Paul Martel (Olivier Martinez), um belo e sensual francês que carregava uma pilha de livros. Ela machuca levemente seu joelho e, como não consegue pegar um táxi, Paul a convida para ir até o apartamento dele. Lá Paul flerta de uma maneira bem discreta, arrumando gelo e ataduras para o joelho dela. Ela então liga para Charlie dizendo que irá de atrasar, mas antes que ela parta Paul lhe dá um livro de poesia persa. Ela menciona com Edward o que aconteceu, mas está claro que está ficando obcecada por Paul. Logo ela regressa à cidade com um pretexto para ligar para ele. Os dois se tornam amantes e são dominados por uma paixão que não pára de crescer...

Tudo pode acontecer...

sábado, 21 de maio de 2011

Ligue-me! Estou cansada de estar sozinha.

A emoção pura...


"... a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como se o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo"

Saramago

A "chama" nazi

Quem imaginaria?


Quando, na cerimónia de abertura dos próximos Jogos Olímpicos, a chama olímpica for ateada por um atleta empunhando uma tocha, o fogo sagrado terá percorrido um longo caminho desde a Grécia, pátria do evento original. Com alguma emoção, todos nós veremos então nesse gesto simbólico o espírito e a pureza do ideal Olímpico. A chama permanecerá ardendo continuamente durante os vários dias em que decorrerão as competições, lembrando os valores altruístas que presidiram à criação dos Jogos Olímpicos da era moderna. Mas o que pensamos tratar-se de uma tradição secular é, afinal, um costume recente com uma origem bem menos nobre: o regime Nazi de Hitler.

Curioso. Quem imaginaria?

Fonte: obvious