sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Momento de sonhar...

" A vida é tecida como o linho: um fio de dor, um fio de ternura.
Eu intrometo-lhe sempre um fio de sonho..."

Raul Brandão



Desejo a todos os amigos que me visitam um Bom Ano!
E... que nunca deixem de sonhar.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010



O "meu" gato é livre!
Só vem até nós quando lhe apetece. Ele é que dita as regras.
A Margarida comprou um presente de Natal para ele: uma coleira azul clarinha, com um sininho na ponta (agora até os gatos têm prendas!)

Quase que nem se via no meio de tanto pêlo branco. Não gostei muito da ideia e ele também. Vi os esforços dele a tentar livrar-se dela. Se não fosse a fivela ele arrancava-a mesmo! Deu voltas e reviravoltas.
Não aguentei mais vê-lo assim e ajudei-o a libertar-se.

Ninguém possui ninguém


No amor ninguém pode machucar ninguém; cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.

Paulo Coelho

O Patinho Feio



Neste Natal veio-mo à memória os contos de Hans Christian Andersen. Talvez por ter um amigo que está a passar esta quadra na Dinamarca ou pelo calor da lareira que nos traz estas lembranças. Lia muitos dos seus contos, durante as férias de Natal, quando era miúda. O que mais gostava era o do Patinho Feio...

Um filhote de cisne é chocado no ninho de uma pata. Por ser diferente de seus irmãos, o pobre é perseguido, ofendido e maltratado por todos os patos e galinhas do terreiro.

Um dia, cansado de tanta humilhação, ele foge do ninho. Durante sua jornada, ele para em vários lugares, mas é mal recebido em todas. O pobrezinho ainda tem de agüentar o frio do Inverno.

Mas, quando finalmente chega a Primavera, ele abre suas asas e se une a um majestoso bando de cisnes, sendo então reconhecido como o mais belo de todos.


É muito bonito ver alguém a se transformar num "Belo Patinho"!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal em Espanha


A COMIDA DO DIA DE NATAL

No dia de Natal se reúne toda a família (avós, tios, primos, etc) todos com suas melhores roupas e a refeição é servida com pompa e circunstância.
Com respeito ao menu, varia de região para região, mas em Aragão, por exemplo, a tradição manda servir cordeiro assado além de mariscos e aves.
Em Valência, o típico é o caldo com pelotas e tronco de Natal como sobremesa.


O DIA DOS INOCENTES

As crianças saem à rua pedindo Aguinaldo (doces e moedas) de um jeito parecido com a festa de Hallowen ou Cosme e Damião no Brasil. No Dia dos Inocentes, é permitido mentir e passar trotes.

OS REIS MAGOS
O Dia dedicado aos meninos é o seis de Janeiro, que já começa na Noite de Reis, 5 de Janeiro, as crianças costumam deixar água nas janelas para dar de beber aos camelos dos reis, depois vão dormir cedinho e muitas vezes os pais se vestem de reis para de madrugada surpreender os filhos. Na manhã seguinte, os presentes estão no aparador e buscam-nos inclusive na casa dos tios e avós. No dia 6, costuma-se comprar uma Rosca de Reis, que é uma torta com uma prenda dentro, parte-se em porções e quem achar sabe que terá um ano feliz.

O "meu" sapatinho

Poderia começar a escrever...Era uma vez uma menina que tinha muita imaginação e que acreditava no Menino Jesus.
Nunca tinha ouvido falar no Pai Natal. Esse só conheceu anos mais tarde.
Vivia esta época sonhando com a prendinha que o Menino Jesus lhe colocaria no sapatinho. Quase que não tinha prendas , não pedia, nem dizia o que queria! Só queria uma, nem que fosse pequenina.

No dia 24, colocava o sapatinho debaixo da chaminé, juntamente com o da irmã.
O outro par colocava em casa do avô.

A noite era comprida e vivida com ansiedade de quem acredita mesmo!

Esse encantamento já passou. Agora já todos sabem que prenda vão ter e fazem uma lista enorme de presentes caros e mimados. Quase que me atrevia a dizer: "exigem" o seu presente como um direito.

E, o Menino jesus foi substituído pela figura de um velho com barbas brancas e barrigudo.

Rabanadas douradas

Preparam-se em ovos-moles as 16 gemas com 16 colheres de sopa de açúcar. Estes ovos moles não devem ficar muito espessos. Com o restante açúcar (500 g menos as 16 colheres) e um copo de água faz-se uma calda fraca.
Corta-se em fatias o pão, que deve ser de véspera, e passam-se estas, primeiro pela calda de açúcar, escorrem-se, e depois pelos ovos-moles.
À medida que se preparam vão-se colocando as fatias douradas numa travessa. Polvilham-se com canela e espalha-se por cima a casca de limão tirada muito fina (apenas o vidrado) e cortada em tirinhas).

Estas não são as que costume fazer. Faço as de calda de vinho tinto que adoro!

Tanto umas , como outras, tirei a receita do livro da Maria de Lourdes Modesto "Cozinha Tradicional Portuguesa"

A rainha dos doces da consoada


Nesta quadra natalícia não há mesa onde não entre as rabanadas. Passadas em calda de açúcar, leite, vinho ou ovos moles, lá estão elas a perpetuar esta tradição.

As rabanadas nasceram de restos de pão duro que a maioria das pessoas deitava fora.
É um doce de origem portuguesa. Da região do Minho, onde são passadas por uma calda de vinho verde, claro, ou não fosse este vinho o ex-líbris desta região.

Cada lugar de Portugal tem sua receita própria - rabanada dourada, rabanadas do convento, rabanadas fidalgas, rabanadas de vinho.

Passamos a chamá-la de "Fatia de Parida" - ou, mais simplesmente, "Fatia-parida". Por sustentar à mulher, depois do parto.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Império do Sol


O filme relata a história de um garoto inglês de onze anos de idade, que vive na cidade chinesa de Xangai com a sua família na aparente segurança do bairro diplomático. Com a invasão da China pelo Japão, em plena Segunda Guerra Mundial, no meio da confusão da multidão em fuga ele separa-se dos pais e acaba por ir parar a um campo de concentração japonês onde, para sobreviver, se vê obrigado a desenvolver uma série de artimanhas que vão das transações num improvisado mercado negro de alimentos e objectos pessoais à mediação de conflitos com os soldados japoneses. Ao lado do campo de prisioneiros ocidentais existe uma pista de onde descolam "zeros" para as missões suicidas.
Quando os aliados bombardeiam o aérodromo militar os guardas do campo vingam-se nos prisioneiros partindo os vidros das camaratas. Quando os japoneses se preparam para atacar os doentes da enfermaria o médico interpõe-se arriscando a própria vida que é salva pela intervenção do miúdo. A derrota do Japão aproxima-se, o campo é evacuado e os prisioneiros levados para Norte onde se pensa existirem alimentos.
No caminho a mulher que protegeu o rapaz morre no momento em que se avista o clarão das explosões de Hiroshima e Nagasaki.
No final o rapaz é encontrado pelos pais num orfanato para crianças ocidentais.


Incrível! Como uma criança pode criar auto-defesa e se adapta a uma realidade cruel.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Perfume de mulher



Um dos meus filmes favoritos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Hermann Hesse

Ninguém pode ver

nem compreender nos outros

o que ele próprio não tiver vivido.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quem foi?


Quem foi Vivaldi?
Sacerdote, compositor, violinista, professor ou, simplesmente, o homem?

Os genes estavam-lhe no sangue. Herdou de seu pai, barbeiro de profissão, o gosto pela música. Este músico italiano começou por ser padre, mas de padre não tinha nada, pois nunca rezou uma missa. A asma desculpou-o.

Voltou-se, então, para o ensino de violino num orfanato de moças chamado "Ospedale della Pietá", em Veneza. AS crianças amavam-no e foi para elas que compôs a maioria dos seus concertos.
Foi no teatro de Santo Ângelo que apresentou as suas primeiras óperas e alguns concertos:"Outtone in villa" e "Orlando Furioso". Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", sua obra mais conhecida.

Também foi homem, com paixões e desejos, proibidos a um sacerdote.
Um dos seus casos amorosos mais conhecido foi o que teve com a cantora Anna Giraud,sua aluna, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as às capacidades vocais de sua amante.

Bem haja este homem que nos deixou músicas lindíssimas e que foi capaz de romper com os falsos moralismos da época! Que foi capaz de compor música, apreciada pelo público geral, e não só por uma minoria intelectual.

A alegria dos seus trabalhos revela alegria de compor.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eternamente belo



Nada como ouvir num dia chuvoso esta belíssima música.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tristes destinos os das "nossas" rainhas...



“Apesar de ter sido trazida da Áustria já há dois anos, especialmente para gerar o sucessor ao trono de D. João V, rei de Portugal, a rainha D. Maria Ana Josefa parece não conseguir engravidar. Sendo o rei um símbolo de virilidade, ela é quem é considerada infértil e, consequentemente, a única culpada pelo facto de o rei ainda não ter tido herdeiros. Quando, ao cair da noite, o rei se prepara para ir ao quarto da rainha para mais uma tentativa, chega ao palácio D. Nuno da Cunha, bispo inquisidor, acompanhado de um velho frade franciscano, António de S. José, que propõe uma solução para o problema do rei. Diz o frade que a rainha engravidaria assim que o rei prometesse construir um convento para os frades da ordem dos franciscanos na vila de Mafra . Feita a promessa, o casal real vai finalmente para o quarto.
Depois de consumado o acto sexual, rei e rainha dormem e sonham cada um com seus próprios desejos, suas diferentes fantasias : ela sonha que tem um encontro amoroso com seu cunhado, o Infante D. Francisco, enquanto o rei sonha que seu pénis está se transformando em árvore e, logo em seguida, em colunas do convento que ele prometera construir para os franciscanos …”
Memorial do Convento (José Saramago)

Tudo branquinho...




Tenho o hábito de ao acordar, abrir a janeia do meu quarto.
Deparei com as ervas todas branquinhas e as folhas dos arbustos derrubadas com o peso da geada.

Nesta altura do ano, as árvores que já considero "minhas", pois fazem parte da minha paisagem, vestem-se de outras cores. Tenho um receio: um dia elas serem derrubadas e já não me apetecer abrir a janela do meu quarto...

Registei este momento.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Liberdade guiando o povo


A Liberdade simbolizada na figura semi-nua da mulher.
Esta imagem é linda!

A Revolução Francesa não poderia estar melhor representada.
A palavra é feminina.´O símbolo é feminino.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Serenidade

Sorrisos e olhares

O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem 0 quem o recebe.

Gosto deles abertos, que reflectem a alma.



O olhar expressivo fala sem palavras.

Eu acho os olhos lindos, cada um à sua maneira,
não consigo compará-los porque cada um tem a sua beleza.

domingo, 21 de novembro de 2010

A ironia de Eça sempre em alta


Ó Eça, a tua ironia faz-nos falta!

Quando vocês, os "vencidos da Vida", se sentavam à mesa do restaurante Tavares e numa pose mais de vencedores do que vencidos, suscitavam a troça de Fialho de Almeida, Pinheiro Chagas e outros...não ficavam calados!

Resposta de Eça a uma crítica de Pinheiro Chagas

"(...) Onze sujeitos que há mais de um ano formam um grupo, sem nunca terem partido a cara uns aos outros; sem se dividirem em pequenos grupos de direita e de esquerda; sem terem durante todo este tempo nomeado entre si um presidente e um secretário perpétuo; (...) ; estes homens constituem uma tal maravilha social que certamente para o futuro, na ordem das coisas morais, se falará dos Onze de Braganza, como na ordem das coisas heróicas se fala dos Doze de Inglaterra. Dissemos."

Adoro a tua ironia!

Os vencidos da vida


Quem são eles?

"Para um homem, o ser vencido ou derrotado na vida depende, não da realidade aparente a que chegou – mas do ideal íntimo a que aspirava".

Esta é a denominação dada à fase final da Geração de 70, que corresponde ao fim do século. É a fase em que Eça de Queirós, Antero de Quental e Oliveira Martins renunciam à acção política e ideológica imediata. Surge a idealização vaga de uma aristocracia iluminada, contraponto do socialismo utópico. Exemplo disto é o elogio de Eça ao rei, a defesa de uma monarquia agonizante:

"O Rei surge como a única força que no País ainda vive e opera".
Esta é a fase suprema da ironia queirosiana.

Os "Vencidos da Vida" são as onze figuras que se reuniam de 1887 a 1889 semanalmente para jantar e conversar no Hotel Bragança, no café Tavares ou na residência de um dos participantes que eram: Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, António Cândido, Eça de Queirós (só 1889), o conde de Ficalho, o conde de Sabugosa, o futuro conde de Arnoso, o depois marquês de Soveral, Carlos de Lima Mayer e Carlos Lobo de Ávila.
A denominação decorre da renúncia destes intelectuais às suas aspirações de juventude.

Esta desilusão e desistência patente neste grupo, é confirmada pelo suicídio de Antero no ano de 1891.

Nalguns dos seus romances Eça evidencia este desalento que caracteriza uma Geração anteriormente tão activa, tão combativa que tentava revolucionar a sociedade no seio da qual foi criada. Mesmo o personagem tão conhecido que Eça denomina "Fradique Mendes" é um símbolo desta desistência.

E agora? Não seremos nós, uns "vencidos da vida", desacreditados com os políticos que nos governam e que "democraticamente" fazem o que querem?

sábado, 20 de novembro de 2010



O rei D.Carlos tinha uma relação com o mar muito forte e gosto por embarcações.
Tantas vezes que o rei pintou estes temas!
Muito ligado a Cascais,local de veraneio da corte, pintava o mar revolto ou tranquilo, a noite e o dia.

Fotografias, desenhos e pequenas aguarelas, datadas da infância e da juventude do então príncipe D. Carlos, deixam-nos perceber a precocidade da sua paixão pelo mar e de como sempre se interessou por transpor para o papel ou para tela aquilo que observava.

Mas o mar não seria apenas o tema que pintava.
Um dos seus quadros que eu aprecio é o de um tronco de sobreiro. Inspirado, quem sabe, num dos momentos passados em Vila Viçosa!

A Duquesa


A música e os figurinos deste filme são fantásticos!

Momento de ver este filme numa tarde que se adivinha chuvosa.

O fascínio do século XVIII

Georgina, na campanha política

A "época" histórica que sempre me fascinou, desde os meus tempos de estudante até hoje - século XVII. O vestuário, as intrigas palacianas e, claro, o marco histórico da viragem de todos os tempos, a Revolução Francesa.
O grito dos revolucionários: Liberdade, Igualdade e Fraternidade!
Os pensadores deste século: Voltaire, Roussseau, Diderot, Hume... tudo isso me atrai.

Escolhi a imagem da personagem do filme " A Duquesa", por representar uma mulher que rompeu com todas as convenções, ligou-se ao Partido Liberal, participando activamente em campanhas políticas, numa época em que o direito ao voto ainda levaria um século para ser concedido às mulheres.

Foi pena, Georgina, não ter conseguido a liberdade para si mesma!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Resvés, Campo de Ourique

Hoje falei aos meus alunos do terramoto de 1755.

Gosto de ir para além do que está no manual e conto-lhes as "histórias" da nossa História. A curiosidade aumenta e as perguntas surgem...

Também houve um tsunami? Morreram muitas pessoas?

E eu aguço-lhes o interesse.


Durante o terramoto o estrondo foi medonho e a população lisboeta corria, sem rumo, desvairada, apavorada, gritando: "cai o Carmo e a Trindade".
Queriam dizer que os conventos do Carmo e da Trindade desabaram.

E ainda há mais expressões populares...

É o caso da expressão: “Resvés, Campo de Ourique”.

Ao que parece, esta expressão surgiu pelo facto do mar, após o sismo, terá invadido Lisboa e chegado às imediações do Campo de Ourique.

E a aula continua...


“Fazer tijolo” terá resultado do facto de ter sido usada, para a reconstrução de Lisboa, argila proveniente de antigos cemitérios árabes, sendo por vezes encontradas ossadas.

Estas expressões fazem parte da nossa cultura e, de forma natural, usamo-las, sem reflectir na sua origem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear …. isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar… isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos… isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida… isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado… isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Francisco Buarque de Holanda

Old Love



Quem não gosta de ouvir o som desta guitarra?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

...uma nova pincelada a cada dia.

A vida não é um quadro pronto, e sim uma obra de Arte

Que se revela com uma nova pincelada a cada dia...

Roberto Shinyashik

" Poetas anarquistas de pincel"



Arte Naif

O adjectivo naïf é o mais empregado para o género de pintura chamado também de ingénuo e às vezes primitiva (no Brasil). Na época em que foi lançado, o termo naïf era um apelido, como em outras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc...

Os naïfs, em geral, são autodidactas e sua pintura não é ligada a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras, nem constrangimentos. Podem ousar tudo.



Henri Rousseau (1844-1910), homem de pouca instrução geral e quase nenhuma formação em pintura, em sua primeira exposição foi acusado pela crítica de ignorar regras elementares de desenho, composição e perspectiva, e de empregar as cores de modo arbitrário. Estreou com uma original obra-prima, "Um dia de carnaval", no Salão dos Independentes. Criou exóticas paisagens de selva que lembram tramas de sonho e parecem motivadas pelos sentimentos mais puros.

Nos primeiros anos do século XX, após despertar a admiração de Alfred Jarry, Guillaume Apollinaire, Pablo Picasso, Robert Delaunay e outros intelectuais e artistas, seu trabalho foi reconhecido em Paris e posteriormente influenciou o surrealismo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amar não é ser egoísta


Tenho a certeza que tu és o meu maior amigo, o mais dedicado, o melhor de todos. Como eu o vi hoje bem! Como tu és leal e bom! Tão diferente de todos os outros homens que para te pagar o que no futuro hei-de dever-te, será pequena a minha vida inteira, mesmo que ela seja imensa. Os outros, amando as mulheres, são como os gatos que quando acariciam, é a eles que acariciam. Amar não é ser egoísta, é tantas, tantas vezes o sacrifício de nós próprios! A dedicação de todos os instantes, um interesse sem cálculo, uns cuidados que em pequeninas coisas se revelam e o pensamento constante de fazer a felicidade de quem se ama.

Florbela Espanca, in "Correspondência (1920)

Momento de poesia...




Como é bom sentir as tuas mãos…
Na minha pele
O calor da tua boca
A intensidade dos teus beijos.

O deslizar das teus lábios
Pelo meu corpo…
A ternura das tuas carícias
Os teus beijos ardentes…

Adoro as tuas mãos vagabundas
Quando subtilmente…
Passeiam em mim
Incendiando os meus sentidos
Desvairando a minha razão.

Assim somos nós
Com a nossa intensidade
O nosso desejo
A nossa paixão.

Gil Moura

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Passeio bucólico






Caminhamos em direcção ao terreno pantanoso, onde uma garça real esvoaçava.
Pelo caminho encontramos um cogumelo amarelinho e fomos envolvidos pelo cheiro a eucalípto e um silêncio reconfortante.

São dias como este que nos fazem recordar as palavras do nosso poeta...

A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
Pelo vento;

De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais...
( Miguel Torga)

E eu acrescento...

A vida é feita de pequenos momentos,
que nos fazem sentir bem.

A beleza absoluta!








"O Douro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta."

(Miguel Torga, Diário XII).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uma verdadeira trama de personagens...

Os pais do padre Dinis.


As intrigas das fidalgas moralistas


A casa do conde de Santa Bárbara, onde Ângela de Lima, prisioneira do seu marido, se encontrava.


Um pirata sanguinário tornado próspero homem de negócios e uma condessa roída pelo ciúme e sedenta de vingança.




Um aristocrata libertino que se torna padre justiceiro, transformando-o ora em cigano, ora em poeta romântico.


Ângela de Limas, uma mulher sofrida que viveu um amor proibido pelo pai. Desse amor nasce Pedro.



Vi e gostei! Tirando a parte em que estar quatro horas sentada me fez "virar" e "revirar", à procura de uma posição que me fizesse sentir confortável. A teia destas personagens era deveras aliciante e fizeram-me esquecer o cansaço de tão longa metragem...

A personagem "Pedro Silvas", órfão de um colégio interno, vai ter o destino marcado por várias personagens e lugares que se estendem até ao Brasil.

sábado, 23 de outubro de 2010

É tudo tão fugaz e tão breve...

Mistérios de Lisboa




" O encontro entre o chileno Raul Ruiz e o português Camilo Castelo Branco não estava escrito nas estrelas" mas aconteceu ...

Eu era um rapaz de catorze anos...



Mistérios de Lisboa, publicado em 1854, é um romance assente numa saga familiar passada nos finais do séc.XVIII, primeira pessoa, ao jeito de biografia...

" Eu era um rapaz de catorze anos, e não sabia quem era. Vivia na companhia de um padre, e de uma senhora, que diziam ser irmã do padre, vinte rapazes, que eram meus condiscípulos".

A personagem central desta trama camiliana é um jovem fruto de um amor proibido e motivo de uma grande tragédia intemporal que atravessa gerações, e que revela segredos tão profundos como a decadência da humanidade...


" Amores proibidos"...será que eles existem?
Tenho um amigo meu que diz que não "há essa coisa". Discordei e depois reflecti.

sábado, 16 de outubro de 2010

O mistério da Lua - A Bella Luna



Para mim esta letra de Jason Marz significa algo por acabar na minha vida...


Mistério da lua

Um buraco no céu

Uma sobrenatural luz nocturna

Tão plena, mas geralmente correcta

Um par de olhos, mas dos mais íntimos

Uma criança escolhida no sol dourado

Um cão petrificado que persegue carros

Para alcançar a mais longínqua das praias,muito além de um mar nadante



O cósmico peixe que eles gostam de beijar

Dando luz às contelações

Sem acordes e sem restrições

Se elas caírem você tem direito a um desejo ou

dedicação

Posso sugerir-lhe o melhor

Que é nada mais nada menos que você e eu

Vamos dar uma chance, enquanto cresce esse romance, antes que percamos a luminoisidade

Ah, Bella Luna, por favor

Oh Bella faça o que for

Faça



Você é uma âncora iluminante

De ligas de número infinito

De rebentões de maré de trovões destruidores

Vazando a maré em fluxos de ardente desejo

Você está dançando nua para mim

Você expõe todas as recordações

Você faz a maior parte das marcações

Você é o fantasma da corte impondo amor

Você é a rainha e o rei combinando tudo

Entrelaçada como um anel ao redor de um dedo,

de uma garota

Eu sou apenas um cantor, você é um mundo

Tudo o que posso trazer-te

É a linguagem de um amante

Bella Luna, minha linda, linda lua

Como você me desfalece como nenhum outro



Posso sugerir-lhe o melhor

dos seus desejos posso insistir

que não conteste por pouco de você

ou menos de mim

Uma maior chance, juntos, mas todos podem mentir

quanto à origem, quanto à margem das nossas vidas

Bella, por favor

Bella, você, linda lua

Oh, bella faça o que for

Bella Luna

Minha linda, linda lua

Como você me desfalece como nenhuma outra, oh, oh,

oh

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amizade, a melhor especiaria mexicana!



Iguarias mexiacanas foi a ementa escolhida para um encontro de amigos.
Não faltou o Chili, os tacos que queimaram um pouco ( a conversa estava tão condimentada que esqueci-me deles no forno), o guacamole e as margaritas.

Receita do guacamole

2 abacates grandes
1 colher de sopa de cebola picada
2 pimentas vermelhas frescas
Suco de 1/2 limão
Sal a gosto

Cortar os abacates na metade, tirar o caroço e remover a polpa
Amassar com um garfo (podem ficar pedacinhos do abacate)
Em um recipiente, misturar o abacate amassado, a cebola, a pimenta, Acrescentar o sal e o suco de limão

Depois é só mergulhar no guacamole o que quiser.


Receita da Margarita


Esfregue a fatia de limão na borda de uma taça, coloque espalhado em um prato e encoste a borda da taça no prato para fazer a crosta de sal na taça.
Coloque em uma coqueteleira o suco de limão, licor, tequila e cubos de gelo.
Agite bem e despeje na taça eliminando as pedras de gelo. Sirva.

Apetece estar sempre a beber!

O homem e o mito



A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado em 1967, ergue-se actualmente uma estátua em sua homenagem. Ironicamente passou a ser conhecido na região como "San Ernesto de La Higuera" pela população local, que o ignorara quando esteve vivo.

O regime cubano ainda hoje homenageia Che Guevara, onde é objecto de veneração quase religiosa; as crianças nas escolas cantam: "Pioneros por el comunismo, Seremos como el Che". Seu mausoléu em Santa Clara atrai, todos os anos, milhares de visitantes, muitos dos quais estrangeiros.

Mas não podemos esquecer, por muito que admiremos a luta que travou contra as injustiças, as centenas de execuções sumárias que Che aprovou pessoalmente...

Admiro-o e condeno-o.

Che Guevara - o homem


A imagem mais emblemática dele, com a célebre boina.

Entrada na guerrilha

Em 1954, conheceu, no México, Raúl Castro e logo depois o irmão Fidel Castro. Entrou para o grupo revolucionário de Castro, que se instalou na região de Sierra Maestra, em 1957. Pretendiam derrubar o governo de Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos, e implantar o socialismo na ilha.

Após a vitória dos revolucionários, em 1959 e a implantação do socialismo em Cuba, Che Guevara tornou-se membro do governo cubano de Fidel Castro, exercendo as funções de embaixador, presidente do Banco Nacional e Ministro da Indústria.

Em 1961, Che visitou o Brasil e foi condecorado, pelo então presidente Jânio Quadros, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Che Guevara acreditava que a revolução socialista, contra o imperialismo comandado pelos Estados Unidos, deveria ser levada para outros países. Lutou no Congo (África) e depois foi para a Bolívia, onde estabeleceu uma base guerrilheira. Pretendia unificar os países da América Latina sob a bandeira do socialismo e invadir a Argentina.

Com pouco conhecimento do território e sem apoio dos camponeses e do partido comunista boliviano, sua luta tornou-se difícil. Foi capturado pelos soldados bolivianos, na selva de La Higuera (Bolívia), em 8 de Outubro de 1967. No dia seguinte foi executado.

Mas o homem não acaba aqui, pois o mito continua...

Che Guevara - Juventude

Aqui tem um ar de "menino bem comportadinho".


Em 1947, a família Guevara fixa a sua residência em Buenos Aires e Ernesto entra na Faculdade de Medicina.
Continua os seus estúdos universitários demostrando um especial interesse pela investigação da asma, alergias, lepra e a teoria sobre a nutrição.

Mais tarde decide viajar...

A visita às minas de cobre de Chuquicamata (Chile) resulta particularmente reveladora, porque em nenhum lugar como aquele haviam chocado com um similar nível de exploração dos trabalhadores, e de discriminação dos nativos em relação aos yankees. A dor da América latina desce nos nervos do estudante argentino: aqui está a realidade neocolonial, descarnada mais do que qualquer livro poderia descrever. Existe uma crónica que o Che escreveu posteriormente a esta primeira viagem, titulada Entendámonos.

Regressa a Buenos Aires decidido em terminar a carreira de medicina. No dia 12 de junho de 1953 recebe o título de médico.

Em julho de 1953, começa a segunda viagem para a América Latina. Nesta ocasião visita Bolívia, Perú, Equador, Colómbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Quando Ernesto percorre os países do litoral pacífico da América do Sul, durante as visitas ás minas de cobre, ás povoações indígenas e às gafarias, onde ele mostra a sua profunda humanidade, vai crescendo sempre maior o seu modo revolucionário de pensar e o seu firme anti-imperialismo.
Na Guatemala conhece Hilda Gadea, com a qual contrai matrimónio no Verão de 1955 e de cuja união nasce Hilda Guevara Gadea.
Durante este mesmo ano de 1955 conhece Fidel Castro.

[...] Em terra azteca voltei a encontrar-me com alguns elementos de 26 de Julho que eu tinha conhecido em Guatemala e fiz amizade com Raul Castro, o irmão mais novo de Fidel. Ele apresentou-me ao chefe do Movimento quando já estavam planeando a invasão de Cuba.[...] Falei com Fidel toda a noite. E ao amanhecer já era o médico da sua futura expedição. Na realidade, depois da experiência vivida através os meus percursos por toda América Latina, não me faltava muito para me incitar a entrar em qualquer revolução contra um tirano, mas Fidel impressionou-me como um homem extraordinário. As coisas mais impossíveis eram as que encarava e resolvia. Tinha uma fé excepcional em que uma vez que tinha saído para Cuba, aí ia chegar. E que uma vez chegado ia lutar. E que lutando, ia ganhar. Dividi o seu optimismo. Tínhamos que fazer, que lutar, que concretizar. Tínhamos de parar de chorar e começar a lutar. E para mostrar ao povo da sua pátria que podiam ter fé nele, porque o que dizia fazia, disse as famosas palavras: "em '56 seremos livres ou seremos mártires", e anunciou que antes de terminar o ano ia desembarcar num lugar de Cuba à frente do seu exército.No dia 31 de dezembro de 1958 é o triunfo da Revolução

Che Guevara - infância

O pequeno Ernesto em 1929

Nasceu na Argentina, numa família de classe média alta e antiperonista. Com dois anos sofreu o seu primeiro ataque de asma. Estudou grande parte do ensino fundamental com sua mãe em casa, onde havia uma biblioteca de cerca de três mil volumes com obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência. Por volta dos 12 ou 13 anos lia frequentemente. Sabe-se que leu Júlio Verne, Alexandre Dumas, Baudelaire, Neruda e Freud aos 15 anos.

Diários de Che Guevara


Sempre me fascinou esta personagem que se tornou lendária.
Quando despoletou a sua alma revolucionária, o que o fez mudar...seria um jovem igual a tantos outros, que nem reflectia sobre as injustiças?

Ao ler o resumo de um dos seus diários, fiquei a saber que ele um dia partiu com um amigo, em viagem pela América Latina. Esta jornada torna-se na inspiração das suas ideias revolucionárias.


Em Janeiro de 1952, Ernesto (Gael Garcia Bernal, Amor Cão), estudante de medicina de 23 anos e Alberto (Rodrigo de La Serna) bioquímico, partem numa velha mota, uma Norton 500 conhecida como 'Poderosa' numa viagem de oito meses que os vai levar de Buenos Aires até ao destino final, a península de Guajira, na Venezuela.

Na sua rota, atravessaram a província argentina de Córdoba, Buenos Aires, a Patagónia, a cidade chilena de Valparaíso, o deserto de Atacama, Machu Pichu e a colónia San Pablo, uma leprosaria do Peru, chegando até à Colômbia e Venezuela, para regressar a Buenos Aires, após uma escala em Miami.


O que começa como uma aventura muda pouco a pouco de forma. O confronto com a realidade social e política da América Latina altera a percepção que os dois viajantes têm do mundo, despertando novas vocações, associadas ao desejo de justiça social.
Diários de Che Guevara, é um trabalho envolvente, aguardado por todos que sempre admiraram a vida deste revolucionário controverso, e que poderão agora conhecer um pouco da sua vida, antes de se tornar o lendário Che Guevara.

terça-feira, 12 de outubro de 2010



'' ... Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida ... ''

Pablo Neruda

domingo, 10 de outubro de 2010

Solomon Burke



Recordar...continua "vivo".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Caricatura de Afonso Costa



Afonso Costa, o mais fanático de todos os republicanos!

Todos os que estivessem ligados à religião passaram a ser conotados com a monarquia e, automaticamente, tornaram-se inimigos do estado prontos a abater.
O apertar do pescoço mostra bem o "amor" que ele sentia pelos padres.

Os dez anõezinhos da Tia Verde-Água





Era uma mulher casada, mas que se dava muito mal com o marido, porque não trabalhava nem tinha ordem no governo da casa; começava uma coisa e logo passava para outra, tudo ficava em meio, de sorte que quando o marido vinha para casa nem tinha o jantar feito, e à noite nem água para os pés nem a cama arranjada. As coisas foram assim, até que o homem lhe pôs as mãos e ia-a tocando, e ela a passar muito má vida. A mulher andava triste por o homem lhe bater, e tinha uma vizinha a quem se foi queixar, a qual era velha e se dizia que as fadas a ajudavam. Chamavam-lhe a Tia Verde-Água:
– Ai, Tia! vossemecê é que me podia valer nesta aflição.
– Pois sim, filha; eu tenho dez anõezinhos muito arranjadores, e mando-tos para tua casa para te ajudarem.
E a velha começou a explicar-lhe o que devia fazer para que os dez anõezinhos a ajudassem; que quando pela manhã se levantasse fizesse logo a cama, em seguida acendesse o lume, depois enchesse o cântaro de água, varresse a casa, aponteasse a roupa, e no intervalo em que cozinhasse o jantar fosse dobando as suas meadas, até o marido chegar. Foi-lhe assim indicando o que havia de fazer, que em tudo isto seria ajudada sem ela o sentir pelos dez anõezinhos. A mulher assim o fez, e se bem o fez melhor lhe saiu. Logo à boca da noite foi a casa da Tia Verde-Água agradecer-lhe o ter-lhe mandado os dez anõezinhos, que ela não viu nem sentiu, mas porque o trabalho correu-lhe como por encanto. Foram-se assim passando as coisas, e o marido estava pasmado por ver a mulher tornar-se tão arranjadeira e limposa; ao fim de oito dias ele não se teve que não lhe dissesse como ela estava outra mulher, e que assim viveriam como Deus com os anjos. A mulher contente por se ver agora feliz, e mesmo porque a féria chegava para mais, vai a casa da Tia Verde-Água agradecer-lhe o favor que lhe fez:
– Ai, minha Tia, os seus dez anõezinhos fizeram-me um servição; trago agora tudo arranjado, e o meu homem anda muito meu amigo. O que lhe eu pedia agora é que mos deixasse lá ficar.
A velha respondeu-lhe:
– Deixo, deixo. Pois tu ainda não viste os dez anõezinhos?
– Ainda não; o que eu queria era vê-los.
– Não sejas tola; se tu queres vê-los olha para as tuas mãos, e os teus dedos é que são os dez anõezinhos.
A mulher compreendeu a coisa, e foi para casa satisfeita consigo por saber como é que se faz luzir o trabalho.



Recolha de Teófilo Braga

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

U2 - Monumentais!



Entraram ao som de Major Tom de David Bowie perante o delírio da multidão e a introdução foi feita ao som da nova Return of the stringray guitar, com Bono, blusão negro, gritando "tuuudo beeem!!!", antes do arranque definitivo com Beautiful day, numa explosão de som, luz e fumos. A seguir veio a velha I will follow, do primeiro álbum, Boy (1980), com a guitarra de The Edge a rasgar o espaço, numa demonstração de poder.

domingo, 3 de outubro de 2010

Uma noite inesquecível...






Não foi apenas "aparato tecnológico".
O que eu vi e ouvi: canções cheias de emoção, fragéis e humanas e outras mais enérgicas!
Bono a correr pela passarela do cenário, movendo-se de forma insinuante e outras vezes saltando no ar... riu-se connosco quando disse que Coimbra era uma cidade universitária e que os U2 nunca foram à universidade.

Estes quatro irlandeses, de 50 anos, ainda têm muito para demonstrar.

domingo, 26 de setembro de 2010

Os nossos "manjares"...






Arroz de cabidela e de polvo no forno ...
Sobremesa...uma doce tentação: leite creme com maçã e canela.