sábado, 30 de janeiro de 2010

O Carteiro de Pablo Neruda

Ontem , recebi este presente da minha amiga Teresa.
É um livro sedutor e de fácil leitura. Comecei a lê-lo e, logo nas primeiras páginas me entusiasmei.

Eu sou assim. Quando a leitura de um livro me agrada, não páro!

Este trata da amizade entre um carteiro e o poeta Pablo Neruda. É uma relação muito peculiar, vivida na atmosfera conturbada do Chile, no final da década de 60.

Pétalas



As flores têm um perfume , uma cor, um significado...

Desfolhei estas pétalas, ontem...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Recordem estes momentos...



Espero que tenham gostado!


Sempre excelentes Por: Txai Torres.

Quem não se lembra?



QUEM NÃO SE LEMBRA DO

FRANJOLAS

E DO SIMPÁTICO

PIU PIU?

Recordações da minha adolescência...



PernaLonga é um coelho que adora cenouras. É muito engraçado e tão confiante que, em vez de fugir, enfrenta os seus adversários. Com a sua risada inconfundível e o bordão que se tornou tão conhecido "What's up, Doc?", não é fácil esquecer-se dele.

A sua primeira aparição, como personagem, dos desenhos animados foi "A Caçada de Gaguinho ao Coelho", em 1938.

Que diferença dos desenhos animados de hoje!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Lua



Iamos sós pela floresta amiga,
Onde em perfumes o luar se evola,
Olhando os céus, modesta rapariga!
Como as crianças ao sair da escola.

Em teus olhos dormentes de fadiga,
Meio cerrados como o olhar da rola,
Eu ia lendo essa ballada antiga
D'uns noivos mortos ao cingir da estola...

A Lua-a-Branca, que é tua avozinha,
Cobria com os seus os teus cabellos
E dava-te um aspeto de velhinha!

Que linda eras, o luar que o diga!
E eu compondo estes versos, tu a lel-os,
E ambos sismando na floresta amiga...

António Nobre, in 'Só'

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nada deve destruir ...



Ninguém deveria sofrer por amor. Quando isso acontece corre o perigo de destruir a sua auto-estima.

Estas não são as de Santa Maria da Feira...



Ontem foi o dia da festa das "fogaceiras". Para quem não conhecer a origem desta espécie de pão doce, a terminar em forma enroscada , com uns "biquinhos" que o tornam único, passo a descrever a história que remonta ao séc.XV...


Portugal, nesta altura, sofreu uma grande epidemia, a peste. O povo sofreu os seus efeitos. A doença, a fome e a morte levaram-no a erguer as mãos para o Céu e fizeram uma promessa: se Deus através de S. Sebastião libertasse o povo daquela desgraça, todos os anos seria feita uma procissão onde raparigas honestas e pobres da vila transportariam o pão (Fogaça) à cabeça que seria oferecido às gentes necessitadas.
Os senhores da Feira, interpretando este sentimento do povo, decidiram cumprir o seu voto. E então, todos os anos as fogaças eram levadas em procissão que ia da Casa dos Condes até ao Convento dos Lóios (hoje Igreja Matriz).Mas, muito mais tarde entre 1749 e 1753, deixou de se cumprir o voto. E a peste voltou e com ela voltou a cumprir a tradição a realizar a Festa em Louvor do Mártir S. Sebastião.


Estas fogaças foram feitas pelo meu cunhado. Tirei esta foto no final do dia , por isso só restavam estas três...não sei se são tão boas como as originais da Feira , mas eu gosto delas. Estavam à minha espera...

O Diabo da Tansmânia


O diabo da Tasmânia é um mamífero marsupial nativo da ilha da Tasmânia.
Através do registo fóssil sabe-se que a espécie habitou também a Austrália, tendo-se extinguido no continente cerca de 400 anos antes da colonização pelos europeus. As causas do desaparecimento são desconhecidas, mas pensa-se que tenha sido influenciado pela introdução do dingo. Os diabos da Tasmânia habitam todas as regiões da ilha com preferência para florestas e são os maiores carnívoros marsupiais existentes na actualidade.

É um animal de aparência robusta, com pelagem castanha excepto na zona do peito onde tem uma mancha branca. A cabeça é relativamente grande, com orelhas arredondadas e nariz afilado. Os músculos das mandíbulas são bastante poderosos e, juntamente com os dentes molares especialmente adaptados, permitem ao diabo esmagar ossos.

O diabo da Tasmânia na animação (uma curiosidade engraçada!)

Em meados da década de 1960, esta espécie animal inspirou os estúdios Warner Bros, que produzia os desenhos animados de Pernalonga, Frajola & Piu Piu, Patolino, Papa-Léguas, etc., a criar um personagem que inicialmente apareceu em alguns episódios dos desenhos de Pernalonga. O personagem fez tanto sucesso que a Warner Bros o transformou em personagem fixo, batizando-o de "Taz" e tornando-o o protagonista de uma série de desenhos que produziu.



retirado do "saber", Sapo.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Gaivota



Para os mais "distraídos" ouçam esta recriação pop do universal de Amália.

O Homem não é Sempre Igual

Um dos preconceitos mais conhecidos e mais espalhados consiste em crer que cada homem possui como sua propriedade certas qualidades definidas, que há homens bons ou maus, inteligentes ou estúpidos, enérgicos ou apáticos, e assim por diante. Os homens não são feitos assim. Podemos dizer que determinado homem se mostra mais frequentemente bom do que mau, mais frequentemente inteligente do que estúpido, mais frequentemente enérgico do que apático, ou inversamente; mas seria falso afirmar de um homem que é bom ou inteligente, e de outro que é mau ou estúpido. No entanto, é assim que os julgamos. Pois isso é falso. Os homens parecem-se com os rios: todos são feitos dos mesmos elementos, mas ora são estreitos, ora rápidos, ora largos, ora plácidos, claros ou frios, turvos ou tépidos.

Leon Tolstoi, in "Ressurreição"

Quando criei este blogue ainda não pensava que iria publicar frases/pensamentos ou textos que não fossem meus. Simplesmente não pensei. Apetecia-me escrever sobre o que gosto e o que faz parte de mim.

Agora, faço-o. Publico pensamentos que não são meus, mas que me fazem reflectir e sobre temas que tantas vezes converso com os amigos. Ainda no outro dia discuti, com um amigo, o assunto "não devemos julgar os outros..."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Prazer de comer


O momento da refeição é um verdadeiro evento de celebração dos prazeres da vida.
Os ingredientes usados, a decoração do prato, as sensuais fusões dos aromas, apimentada por uma dose de atrevimento, a par de um vinho de eleição.

Aqui vai a receita de um dos prazeres da vida...

Descasque e pique um alho e misture-o com sumo de limão. descasque 16 camarões grandes e crus, reservando as caudas, e deixe-os marinar po 10 minutos na mistura de alho com sumo de limão.

Entretanto corte 2 folhas de massa filó em oito partes iguais.
Escorra os camarões, tempere de sal e pimenta, cubra cada um deles com uma folha de coentros e embrulhe-os num triângulo de massa, fechando-os com um palito. Aqueça bem o óleo e mergulhe nele os camarões , dois a dois, durante 30 segundos.
Escorra em papel absorvente e sirva-os, numa mesa decorada especialmente para dois.

Que contraste!





A beleza e a miséria de mãos dadas.
As imagens falam por si...

A "injustiça" da Natureza

Por vezes, notícias de realidades catastróficas, como aconteceu no Haiti, faz-nos reflectir.
Um país tão pobre...rosto de crianças sofridas e agora, a natureza "castigadora".

Apetece-nos interrogar:

"Porquê?"
"já não basta a pobreza em que vivem?"
"É justo?"

Fico a pensar nas imagens de desespero que nos chegam, homens e mulheres a levarem os seus vizinhos feridos pelas ruas, comoventes.

Queria esquecer estas imagens!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Amigo Aprendiz



A vida é feita de momentos de amizade.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Saudade é amar
Um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...

Pablo Neruda

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Para descontrair

A revolução dos bichos

No "galinheiro solar" os animais são oprimidos pelo seu proprietário. Unidos, planeiam uma espécie de revolução. O sofrimento de anos somados a ideias libertárias os conduzem à vitória. Os líderes desta revolução são representados por dois porcos que possuem ideologias distintas, um deles, o mais truculento, acaba por vencer expulsando deste modo o companheiro.
A partir deste ponto a revolução é deturpada e os animais passam a viver sobre o autoritarismo. Com a deposição do humano maldoso, os porcos passam a administrar a fazenda tornando-se uma casta privilegiada.
Já não era possível distinguir quem era o homem e quem era o porco.

Quando uma ideologia toma conta do poder, pode tranformá-la em prol de todos, porém acaba por sentir-se no direito de governar por si.

Todos os animais (homens) são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros.

Seria necessário?

Em nome da Liberdade...

O mundo deve à França a inspiração " Liberdade, Igualdade, Fraternidade". Estes ideais incitaram o Homem a sonhar com a liberdade e a lutar por ela.

A revolução francesa touxe a liberdade aos oprimidos, mas com ela veio também a morte de milhares de franceses na guilhotina. Esqueceram-se os direitos individuais e diariamente realizavem-se execuções públicas sem julgamento, cometerem-se excessos... o rei Luís XVI e a rainha D.Maria Antonieta e alguns dos que apoiaram a revolução, como Danton, foram parar à guilhotina.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A lenda da fava

Certamente, que muitos meninos e meninas já ouviram falar nos três Reis Magos, mas não conhecem a "lenda da fava".

A fava do Bolo-Rei fundamenta-se na lenda, segundo a qual os Reis Magos, ao verem uma estrela a brilhar no céu, assinalando o nascimento do "salvador", encaminharam-se para Belém. Quando se aproximaram das muralhas que cercavam Jerusalém, Baltazar, Belchior e Gaspar disputaram a primazia de oferecer o ouro, incenso e a mirra a Jesus.
Um padeiro, coberto de boas intenções, terá então confeccionado um bolo dentro da qual escondeu uma fava. O rei que ficou com ela foi o primeiro que entregou o presente ao Menino.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Os aromas do chocolate e fruta



Cozinhar é uma paixão. Presentear os amigos com um fondue de frutas e chocolate é um prazer.

Hoje uma amiga enviou-me (pura coincidência) um livrinho de receitas e disse-me: "pode ser útil!!!".

Vamos experimentar esta receita...

Misturo do melhor chocolate meio amargo em barra, com natas batidas e duas colheres de conhaque e levo a derreter em banho-maria.

Mantenho esta mistura aquecida na panela do fondue com a chama média/baixa, sem deixar ferver.

E depois cada um de nós mergulha a fruta que mais gosta (eu adoro morango!) no chocolate quente.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O teu nome delicado...



E para finalizar estas férias nada como adormecer ao som de uma música...

Livro que li...

Ocupar o tempo de forma livre fazendo "o que me apetece" é o que mais me sabe bem.
Acordo, abro a janela e leio...
Deixo-me levar pelo enredo da história e não me apetece parar. Tenho tempo.

Envolvi-me na leitura "O Último Távora" que passo aqui a desvendar um pouco.

"Quando os seus avós, os marqueses de Távora, subiram ao cadafalso de Belém, Pedro de Almeida Portugal era ainda um menino. Durante dezoito anos longos ficou longe da família: o pai foi encarcerado no Forte da Junqueira e a mãe e as irmãs fechadas no lúgubre Convento de Chelas. Contudo Pedro não se encontrava só!"

O resto da história convido-vos a ler.

Este, porém, não é o último dos Távoras. Depois da tragédia que envolveu a família, apesar dos seus bens terem sido confiscados, as suas armas serem picadas e raspadas onde quer que se encontrassem, o seu nome proibido, os descendentes desta família encontram-se espalhados pelo país, principalmente no norte interior, onde se encontram ainda alguns brasões e até no Brasil, agora, claro, com outro sobrenome.

O Processo dos Távoras



Na noite de 3 de Setembro de 1758, o rei D.JoséI regressava ao Paço da Ajuda, depois de uma noite com sua amante, D.Teresa de Távora, circulava numa zona perigosa de Lisboa, quando foi atacado por dois homens que feriram o rei. As consequências deste acto foram dramáticas para a família Távora. O ministro Marquês de Pombal, com a conivência do rei, decidiu castigar a poderosa família dos Távoras, incluindo a amante de D.José. Sem provas foram condenadas dezoito pessoas a uma morte pública e submetidas a todo o tipo de torturas, partiram-lhes as mãos e os pés e em alguns casos decapitados.
D. Leonor, marquesa de Távora, subiu ao cadafalso e antes de se entregar ao carrasco disse alto e bom som:" Deus permita que saibam todos morrer como quem são". E foi imediatamente decepada num só golpe.
Os seus corpos foram queimados e as cinzas atiradas ao rio Tejo.

O chão por baixo do cadafalso onde morreram foi salgado para que ali nada nascesse, nem uma erva daninha.

O atentado ao rei terá sido um pretexto para fazer desaparecer uma das famílias nobres mais poderosas de todo o reino.
O ódio do marquês por esta família era antigo, pois, em menino e moço, estudou no convento franciscano da vila de S.João da Pesqueira, onde um tio padre ministrava lições de Latim.
Terão surgido rivalidades com os marqueses de Távora por se terem oposto ao namoro e enlace matrimonial entre Pombal, filho de gente humilde (plebeia) e a formosa descendente dos prestigiados Távoras.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sensação de liberdade



Olhar para a imensidão destas pradarias, os búfalos, o lobo e de toda esta natureza selvagem dá-nos uma sensação de liberdade e paz.

É lamentável que hoje esta tribo dos Sioux, amante da liberdade, viva em reservas.

Aconselho a verem este filme, com paisagens únicas.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí".

John Lennon

Voem juntos mas jamais amarrados


Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo ...

- Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem.

- E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...

Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.

E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos exemplares...

- E agora o que faremos? - perguntou o jovem - matamos-las e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.

- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do voo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

E o velho disse:

-Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure...Voem juntos mas jamais amarrados.