segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ninho de pássaros

...a escutar o som dos pássaros

...a preparar-se para dar o salto

...a tentar apanhá-los

...frustrado

...desiste e procede à lavagem matinal


Hoje de manhã acordei com o som dos pássaros. Estes fizeram um ninho, por cima da caleira da varanda do meu quarto.

Uma tentação para o "Bolinha" que mal os ouve, escapula-se para lá (nestas noites quentes de Verão, durmo com a porta da varanda aberta).

Captei algumas imagens do "Bolinha" ...os pássaros, esses só os ouço e nem o ninho consigo ver.

Vontade de conhecer

Canal Saint Martin

Café Deux Moulins

PLace Du Tertre

Depois de ver as imagens do filme " Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain" (filme do cinema francês que faz parte da minha lista dos que pretendo ver um dia), fiquei com vontade de conhecer...
o famoso bairro "Place Du Tertre", com aqueles artistas famosos;
o "Café Deux Moulins", dizem que tem uma atmosfera especial e que o banheiro é imperdível para quem gostou do filme e quer tirar fotos;
o "Canal Saint Martin", onde Amélie atirava suas pedrinhas.

A Delicadeza de um Rosto




" A delicadeza é para o espírito aquilo que a graça é para o rosto." (Voltaire)

...E Voltaire não teve a felicidade de conhecer Amélie Poulain.
Amélie tem um sorriso maroto, meio malandro, como se a cada momento se preparasse para pregar uma partida a alguém. E tem uns olhos grandes, enormes, do tamanho das fantasias que lhe perpassam constantemente pelo cérebro.

Fonte: obvious (um olhar demorado...)

O Fabuloso Destino de Amélie



O filme conta a história de Amélie, uma menina que cresceu isolada das outras crianças. Isso porque seu pai achava que Amélie possuía uma anomalia no coração, já que este batia muito rápido durante os exames mensais que o pai fazia na menina. Na verdade, Amélie ficava nervosa com este raro contacto físico com o pai. Por isso, e somente por isso, seu coração batia mais rápido que o normal. Seus pais, então, privaram Amélie de freqüentar escola e ter contacto com outras crianças. Sua mãe, que era professora, foi quem a alfabetizou até falecer quando Amélie ainda era menina. Sua infância solitária e a morte prematura de sua mãe influenciaram fortemente o desenvolvimento de Amélie e a forma como ela se relacionava com as pessoas e com o mundo depois de adulta.

Após sua maioridade, mudou-se do subúrbio para o bairro parisiense de Montmartre onde começou a trabalhar como garçonete. Certo dia, encontra no banheiro de seu apartamento uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador do apartamento. Decide procurá-lo e entregar o pertence ao seu dono, Dominique, anonimamente. Ao notar que ele chora de alegria ao reaver o seu objecto, a moça fica impressionada e remodela sua visão do mundo.

A partir de então, Amélie se engaja na realização de pequenos gestos a fim de ajudar e tornar mais felizes as pessoas ao seu redor. Ela ganha aí um novo sentido para sua existência. Em uma destas pequenas grandes acções ela encontra um homem por quem se apaixona à primeira vista. E então seu destino muda para sempre…

sábado, 28 de agosto de 2010

O meu melhor filme

O meu melhor filme é aquele que reúne personagens marcantes que me fazem pensar, repensar, rever ideias; uma banda sonora que toca no íntimo, as cores, a fotografia; a emoção que nos transmite as mensagens, mesmo aquelas contidas dentro de outras mensagens.

Não vou ao cinema,nem perco tempo com filmes que "parecem que estão a fazer pouco do espectador".

Foram tanto os que fizeram ficar durante algum tempo a pensar, como se ainda "não tivesse saído dele"...

"O Clube dos Poetas Mortos"

"Voando sobre um Ninho de Cucos"

" A Insustentável Leveza do Ser"

..e outros

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O que será de ti, ó Planeta?



Somos os responsáveis por ti...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ontem e Hoje

A Escola de Hoje

Tás a ver? Eu não te dizia que o meu cota ia partir aquilo tudo?

Foi uma cena fixe...eu queixei-me e zás a "stora" até ficou com medoque o pessoal lá do bairro lhe desse cabo dos dentes todos...é que o meu pai está no "rendimento" e tem tempo que se farta para partir os "cornos" aqui ao pessoal, estes finórios vão ficar a cuspir fininho o resto da vida!

"Atão" se eu não me interesso nada por coisas de estudos e essas cenas foleiras, sou obrigado a ficar calado, porquê?

Já estão com sorte de eu lá ir aturar os "stores"...estão sempre a enbirrar, ou é que estou deitado na cadeira, ou por causa dos meus piercings, ou porque venho de boné para não faalr no telemóvel de topo de gama, porque o que eles têm é inveja de não terem um como o meu.

A malta já nem chumba por faltas, a não ser que o Socas e esse bandidos todos mudem isso, e "atão" é que eu bazo. Curto é quando vem um "stor" novo que começa logo com aquela cena tipo "vou queixar-me ao director e vou participar de ti...isso é que eu curto!

"Atão" participe, participe lá a ver se eu tenho medo? Medo tem o director! Até hoje quem tem participado do "stor" sou eu: não tem modos, que não sabe faalr com a gente, que anda, sempre a perseguir a amlta...eu só vou lá porque sou obrigado e já tem muita sorte!

É só o "stor" virar-se para o quadro e nós bazamos pela janela, ou então bué fixe, de lhe acertarmos com o giz nas costas tipo tiro ao alvo...e depois "tá-se" a ver, o "stor" tem de ouvir do director porque não sabe controlar a turma...e não sabe mesmo! Não se dá ao respeito! A culpa é dele que deve andar mal com a vida, agora nossa? Não, nunca! Já bem basta termos de aturar...porque chegamos tarde, não fizemos o t.p.c, não estudamos, não levamos, "atão" não estamos lá para que nos ensinem? Eles que se esforecm, para isso é que lhes pagam...

Tá certo, não dou para os estudos, sou melhor a curtir um som, a andar por aí e essas cenas...mas tenho 19 anos nunca mais quero saber da escola! Vou para o Rendimento como o meu pai e aí é que vai ser curtir! Tenho o tempo todo por minha conta e um cheque ao fim do mês! Já está na altura de me pagarem o que me devem: o meu merecido sustento!

Fonte: Maria João Lopo de Carvalho, Sal & Pimenta

terça-feira, 24 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Os Amantes



Gosto muito de analisar as relações, sejam elas de amizade, do amor de mãe, do casamento sem paixão...e outras

O que conta Carlo Castellaneta no livro "Passione d'amore sobre dois amantes...

Diego sonha em tirar a sua amante do marido e viver com ela, de fazê-la sua esposa, de ter uma casa onde receber os amigos. Mas ela não quer. Quer que Diego continue a ser o amante que ela só vê de vez em quando, em encontros inflamados de paixão.
Ama-o, mas sabe que se fosse viver com ele tudo se degradaria rapidamente nas banalidades do dia a dia. No encontro amoroso apresenta-se sempre a ele como uma deusa, lindíssima! Isso requer cuidados, preparação, riqueza. Por isso não quer renunciar ao marido rico. E não se importa de ter relações sexuais com o marido, pois se desenvolvem num plano diferente, no do dever conjugal.
Com o amante ela dá asas à sua paixão erótica. Sente-se viva. E alimenta-se de cada encontro proibido.

domingo, 22 de agosto de 2010

Momento de ler e reflectir



O que diz Molero é um livro cheio de vida e cheio de força. É um hino aos portugueses dos bairros, aquelas personagens peculiares com quem todos nós já nos cruzámos. O livro é-nos dado da seguinte forma: há dois homens, Mister DeLuxe e Austin, que vão lendo um relatório escrito por um tal de Molero, sobre alguém que é apenas designado por “rapaz”. Este rapaz, embora possa ser considerado a personagem principal do livro, é muitas vezes apenas um pretexto para se falar das outras personagens, que são as pessoas que passaram pela vida do rapaz e que o influenciaram, uns mais, outros menos.

É um livro escrito com muito bom humor e que diverte imenso o leitor. Mas para além deste lado mais bem-disposto, há também espaço para os pequenos dramas e passagens que nos fazem sonhar, nomeadamente o fim da história, que, obviamente, não vou revelar. Mas é, sem dúvida, o lado humorístico que predomina, muito graças às fantásticas personagens, cheias de particularidades ou, como dizia um tal de Zuca, cheias de apartes.

A obra tem um ritmo frenético e é muito difícil parar de ler. O que, de resto, não é problema, uma vez que se lê muito bem e sempre com um sorriso nos lábios (se não chegar mesmo à gargalhada).

De resto, pouco mais há a acrescentar. É um livro despretensioso e só por isso adquire uma força fantástica. Só os nomes das personagens dão vontade de ler o livro. Há o Peida Gadocha, o Bigodes Piaçaba, o Descoiso, o Vampiro Humano, o Peito Rente, o Bexigas Doidas… e muitos outros.

Fonte:Gonçalo Mira

Momentos e acasos

A vida é feita de momentos bons e menos bons.
Para mim os momentos mais simples são os que me fazem feliz.

Não precisamos de grandes coisas!
Não precisamos de ir ao Dubai; viajar no melhor iate...

Partilho aqui os momentos de ouvir música , de ler um livro e ver um bom filme.

O acaso acontece quando menos esperamos.
Tenho um amigo que diz: "nada acontece por acaso".
É um bom tema para se discutir num momento de amizade...

E tocou o som do silêncio...



Hoje, logo pela manhã, um amiga partilhou esta música, cuja letra eu achei muito bonita.

sábado, 21 de agosto de 2010

Deixe o corpo fluir




TANGHETTO
" Dispa-se de preconceitos e deixe o seu corpo fluir ao ritmo da batida desta música inebrientemente dançável até ao tutano".


A dança pensa e escreve com o corpo...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

As crianças abrem as asas e tentam voar...



" Water" é um filme sobre a liberdade e revolução.
Esta história passa-se numa época em que GANDHI (1938) tenta introduzir na Índia ideias de liberdade, igualdade, fim do sistema das castas e discriminação.

A história começa com o marido moribundo adulto, sendo levado numa carroça para os hindus de Veranasi, onde os hindus ficam, esperando morrer, pois segundo a crença hindu, quem morre já não precisa de reencarnar novamente. A esposa do moribundo, uma menina de 7 anos de idade, Chuyia, acompanha o marido na carroça juntamente com o pai e a sogra.
O marido morre e é cremado em céu aberto , numa cerimónia tradicional.
A sogra retira as pulseiras da menina (como aliança de casamento) e em seguida passa o ritual de cortar o cabelo da viúva e rapar-lhe a cabeça completamente.
A partir desta altura Chuyia terá que vestir só sari de branco e passará a ser vegetariana.

O motivo? Para não ter desejos sexuais e se manter casta. Os hindus acreditam que a carne assim como a cebola e o alho dão "quentura" no corpo.

O pai de Chyia e sua sogra levam-na para um viuvário, ou seja , casa de viúvas, Ela não quer ficar e se revela mordendo a perna da matriarca da casa...

O filme fala-nos emotivamente sobre os direitos da mulher na sociedade indiana que ainda hoje parece bastante influenciada pelo casamento tradicional onde os noivos são escolhidos pelos familiares.

Como o filme tão bem coloca a questão, podemos controlar os velhos, esquecê-los e remetê-los a situações horrendas, mas as crianças, essas, mesmo na Índia, abrem sempre as asas e tentam voar. Nem que seja por um simples doce que faz feliz uma velha na hora da morte. O destino de Chuyia pode ser diferente daquele que as outras miúdas, antes dela, tiveram e é isso que dá significado à morte das anteriores companheiras de infortúnio. Viúvas que depois de perderem o marido perdem a vida e cujo único destino é passar o tempo

Uma história de amor




Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimónia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebaptizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz.

Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.

Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer.


Fonte: obvious

sábado, 14 de agosto de 2010

É ...Portugal



É...Portugal


Essa mancha alaranjada,
Que até do espaço reluz...
É Portugal a arder!

Essa conversa fiada,
Que o deputado produz...
É Portugal a perder!

A vida sacrificada,
Que o povo todo reduz...
É Portugal a sofrer!

A 'ode' bem recitada,
Que a todos nós nos seduz...
É Portugal a dizer!

Vítor Cintra
No livro: À DISTÂNCIA

A vida tem destas coisas...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sonho e liberdade

Um Sonho de Liberdade





Um filme que deveria ser visto por todos nós.
Liberdade , sonho e amizade...já agora aproveito para dizer que ser livre não é sinónimo de "não estar encarcerado entre as grades de uma prisão". Cá fora poderemos não ser livres. No sonho eu dou asas à minha liberdade. Essa ninguém ma tira!


Sinopse: Um alto executivo (Tim Robbins) é acusado de ter assassinado a esposa infiel e o amante. Condenado à prisão perpétua, é mandado a Shawsshank, uma das mais duras penitenciárias dos Estados Unidos. Lá ele conhece a dor e o sofrimento e sua única salvação da loucura e do desespero é a amizade com o veterano Red (Morgan Freeman). A amizade dos dois cresce e os ajuda a suportar a cruel realidade do dia-a-dia. Mesmo com um director corrupto e um chefe sanguinário, eles ainda sonham, pois há algo neles que ninguém pode tirar: a esperança e um inabalável sonho de liberdade. Uma grande obra indicada para sete Óscar, "Um Sonho de Liberdade" consegue dosar a violência, o humor e a esperança de maneira agradável. Um filme inesquecível!!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Em direcção ao mar...



Desde a saída dos ninhos até chegarem ao mar, as tartaruguinhas correm perigo...

Os ovos abrem-se e as tartarugas-bebés com 5 cm de comprimento, abandonam o ninho, rastejando praia abaixo para a rebentação.

Neste processo, muito poucas tartaruguinhas sobrevivem.
Ao saírem dos ovos, as gaivotas e outras aves marinhas alimentam-se delas. Das que chegam ao mar, algumas são alimento de animais marinhos, peixes e afins.

Só à medida que crescem e a sua carapaça enrijece é que conseguem tornar-se menos apetecidas como alimento.

Infelizmente, de centenas de ovos, poucas chegam à idade adulta, mas a Natureza funciona assim.
Depois, o ciclo da vida da tartaruga marinha repete-se.

Mas o pior inimigo delas é o Homem! Lamentável!

O amor é frágil...





Pura e simplesmente não faço nada!
Este "nada" sabe tão bem... ontem vi um filme com a minha filha.
Ambas choramos. Uma história que tem todos os ingredientes para eu gostar: o mar, uma casa em madeira, frases que me tocam e as tartaruguinhas bebés que são protegidas por uma adolescente rebelde que esconde por trás dessa rebeldia, uma enorme sensibilidade.
Apetece-me falar do ninho de ovos carinhosamente vigiado, mas não se enganem , pois a história não anda à volta delas.

Uma história de várias formas de amar.

"o amor é frágil..."

Muitas vezes não o sabemos conservar.

Gostaria de viver junto ao mar. Tal como na história, num sítio com tartarugas...
Estas fotos foram captadas por mim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Locais por descobrir...





O ambiente de férias está em todo o lado.
As praias são invadidas...tocadas pela massa humana, o cheiro do protector está no ar, na areia um papel amarrotado e pontas de cigarro. Perco a vontade de estar ali.

Procuro outros locais intocados pela mão humana e de uma beleza pura!
Não são necessárias palavras; as imagens falam por si...

sábado, 7 de agosto de 2010

Lindo!

O imaginário dos nossos sonhos




Alice no País das Maravilhas

Era uma vez uma menina que se chamava Alice.
Numa tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho. Viu um Coelho Branco, que corria e repetia sem parar:
- Vou chegar tarde, vou chegar tarde!

O coelho estava muito bem vestido e, ao vê-lo, Alice pensou que nunca tinha visto um coelho tão elegante ou que estivesse com tanta pressa.

Ficou curiosa e desatou a correr atrás dele. Tal era a velocidade a que o coelho corria, que a menina tropeçou e caiu numa toca, que mais parecia um poço sem fundo.
Depois de muitas voltas e reviravoltas no ar, Alice acabou por cair em cima de um monte de folhas secas.
Começou a procurar o coelho até que chegou a uma sala enorme, rodeada de portas fechadas.

Ao ver-se fechada desatou a chorar. Chorou tanto que as suas lágrimas formaram um charco enorme. De repente, o Coelho Branco passou por ali a correr, tão apressado que deixou cair o leque. Alice apanhou-o, abanou-se para se refrescar, mas como era um leque muito especial, a menina começou a ficar pequenina, muito pequenina...

... até que foi obrigada a nadar no charco de lágrimas.
E ficou espantada com o que viu. À sua volta estavam um rato, um papagaio, um pato, uma rã e uma águia bebé.

Quando conseguiu sair do lago, acabou por encontrar a casa do Coelho Branco. Este, muito nervoso, confundiu a menina com a empregada e pediu-lhe que lhe trouxesse as luvas e o leque.

Alice decidiu entrar e encontrou uma empada na cozinha. Como já estava com fome, decidiu comer um bocadinho. A empada era mágica e logo que engoliu a primeira dentada ficou pequenina como um rato.

Mesmo assim decidiu continuar o seu passeio, procurando também alguma coisa que a fizesse recuperar o tamanho normal. A meio do caminho, encontrou uma lagarta sentada em cima de um cogumelo quase tão alto como Alice. A lagarta fumava por um cachimbo muito estranho, chamado narguilé e disse à menina que o cogumelo era mágico e que podia recuperar o tamanho normal, se comesse um bocadinho. Alice decidiu prová-lo e como que por magia, voltou a crescer.

Alice voltava a ter o tamanho normal. Sentia-se muito feliz, por isso decidiu continuar a passear.
Ao passar por baixo de uma árvore viu um enorme gato em cima de um ramo, que lhe sorria. Tinha um sorriso de orelha a orelha e indicou-lhe o caminho que devia seguir, caso quisesse visitar a Lebre de Março.

Logo que acabou de falar começou a desaparecer, de tal forma que no fim, só ficou o seu sorriso. Será que alguém já tinha visto um gato a sorrir? Era algo tão estranho que Alice decidiu sair dali e ir visitar a Lebre.

A Lebre estava a dar uma festa no jardim. Os convidados eram o Chapeleiro e o Furão. Convidaram Alice para sentar-se à sombra, num enorme cadeirão e serviram-lhe uma chávena de chá e pão com manteiga.

Depois do lanche, e apesar de todos serem muito simpáticos e divertidos, Alice decidiu continuar o seu passeio pois queria voltar a encontrar o Coelho Branco.

Quando chegou a um jardim, Alice ficou pasmada pois viu cartas de um baralho que tinham cabeça, braços e pernas, como se fossem homenzinhos. Estavam muito atarefadas a pintar roseiras brancas de vermelho, pois as rosas vermelhas eram as flores preferidas da Rainha de Copas.

As pobres cartas estavam muito assustadas, pois, segundo diziam, a Rainha tinha muito mau génio e quando se zangava dava sempre a mesma ordem:
- Cortem-lhe a cabeça!
Sentiam muito medo apesar de ainda não conhecerem ninguém que tivesse obedecido a tal ordem.

O Valete de Copas tinha sido acusado de roubar pastéis. Foi levado a julgamento e Alice foi chamada a depor como testemunha. Como não sabia dizer se era culpado ou inocente - pois não tinha visto nada - a Rainha de Copas gritou, furiosa:
- Cortem-lhe a cabeça!

A menina ficou revoltada com tanta injustiça e disse-lhes que não passava de um naipe de cartas muito estúpido.
As cartas ficaram tão zangadas que começaram a esvoaçar e a cair em cima dela como se fosse chuva.
No meio de tanta confusão, Alice aproveitou para fugir e, quando deu por si, já tinha acordado do seu sonho!

Recuar no tempo...




Quando os vi passar, num tropel imponente, recuei no tempo...

Justas, torneios, cavaleiros corajosos, com expressões marcadas e firmes, debatem-se.
Numa época em que a guerra era constante, os cavaleiros nobres treinavam o combate,em tempo de paz.
Era considerado vencedor o grupo que em primeiro lugar conseguisse derrubar, com as suas lanças, os cavaleiros do grupo rival. Estes combates eram bastantes violentos, chegando a provocar feridos e mortes.
As justas eram combates em tudo idênticos aos torneios, mas em que apenas se defrontavam dois cavaleiros rivais de cada vez.
Estes combates atraiam multidões de espectadores e séquitos de nobres, às vezes acompanhados por centenas de familiares, pajens, tratadores de cavalos, escudeiros, armeiros e prostitutas.
Por volta do séc. XIV, os torneios tornaram-se eventos tão sofisticados que incluíam festas, bailes, banquetes...eram também excelentes ocasiões para jovens cavaleiros encontrarem beldades, filhas da aristocracia, selando alianças pelo casamento entre poderosas famílias feudais.

Pensamento

«Amar alguém ou alguma coisa é principalmente instalá-lo num clima de liberdade, com
todos os riscos que a liberdade comporta: desejar é limitar na liberdade; a nós e aos outros!»



Agostinho Silva

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sensibilidade

Estou sempre a ouvir falar em regras.
Regras de educação.
Regras no trabalho.
Regras no casamento.

Muitos dizem que se as regras não existissem...seriam mais felizes.
E falam na falta de liberdade que as regras limitam.
É tudo tão bonito de ouvir...

Mas eu falo em sensibilidade, em verdade.
Ser sensível com quem nos rodeia deve ser o nosso lema.
Ser verdadeiro.

Gosto de acreditar que ainda existem pessoas assim.
Mas a desilusão cresce dentro de mim.