segunda-feira, 21 de maio de 2012

UTOPIA

Sem muros nem ameias

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria

Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu desafio

Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso, a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio, este rumo, esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?

Utopia/Zeca Afonso

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Olhar distante

Ontem, dia 17 de maio, fui visitar o Museu Soares dos Reis. Tão perto....e nunca tinho ido lá!
Por vezes, nem valorizamos o que temos mesmo ali ao lado e desconhecemos.

 





O Desterrado

                                                                                                          
As linhas sinuosas do tronco e dos membros fletidos, o olhar da figura e a presença do mar conduzem a uma leitura romântica da obra, que se inspira num poema de exílio de Alexandre Herculano. A esta referência literária do romantismo português deve-se acrescentar um significado saudosista, próprio do espírito de decadência da nação, vigente nos finais do séc. XIX.









                .

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O amor desabrochou...

Bem...lá continuo eu, nas curiosidades históricas. Curiosidades essas que as conto, muitas vezes, aos meus alunos. Começo por dizer: "querem saber uma história ou lenda engraçada?" "Conte, conte, srª professora!" . Desta forma procuro cativá-los para a História.

A lenda moura
  Ardinga era uma formosa princesa moura, pouco mais do que adolescente. O pai, wali (governador muçulmano) de Lamego no século X, guardava esta terra das tentativas do rei Leão.
  Neste cenário de guerra desabrochou o amor no peito de Ardinga. No castelo contavam-se histórias  de heróicos cavaleiros cristãos e de um melhor que todos, D.Tedon, que batalhava nas montanhas do nascente.
  Ardinga ouviu estas narrativas e o seu coração prendeu-se ao cavaleiro cristão com o mais belo dos amores. Certa noite, juntamente com uma irmã que lhe animava o formoso sonho, fugiu do castelo...

                                                                                                          Lenda citada por J. Victor Adragão

Eo resto da história - perguntam-me com enorme curiosidade.
O resto deixo para a vossa imaginação...será que Ardinga encontrou o seu cavaleiro cristão? Será que o pai a impediu de realizar o seu sonho de amor?

sábado, 12 de maio de 2012

Rei por minutos...


D. Luís Filipe                                               

Um rei para o Guinness

Juntamente com o pai, D. Carlos, o jovem príncipe foi assassinado há 104 anos. Não chegou a ser rei de Portugal mas o livro dos recordes atribui-lhe um curto reinado.

Em 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, Luís Filipe foram assassinados em Lisboa. Com a morte do pai e do irmão mais velho, D. Manuel sobe ao trono. Mas há quem afirme que entre o momento da morte de D. Carlos e a sua própria, Luís Filipe terá sido o penúltimo rei de Portugal.

Aliás, Luís Filipe terá tido o mais curto reinado de todos os monarcas. De acordo com o Livro Guinness dos Recordes, o jovem príncipe foi rei durante 20 minutos.

   “ O Príncipe da Coroa Luís Filipe de Portugal foi tecnicamente Rei de Portugal (D. luís III) durante 20 minutos, em 1 de Fevereiro de 1908. O seu pai foi alvejado nas ruas de Lisboa por uma bala que lhe atravessou a carótida. O príncipe herdeiro também ficou mortalmente ferido nesse ataque”, lê-se no famoso livro.

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 Príncipe Luís Filipe - Imagem de José Malhoa

domingo, 6 de maio de 2012

Amo-te, Mãe!

Hoje estive assim contigo, Mãe! Neste momento é a única coisa que te posso dar: o meu amor e carinho. Na sexta disseste-me que o tempo estava triste como a tua alma... Dias melhor virão, Mãe! E far-te-ei a sopa que tanto gostas. Amanhã estaremos lá, outra vez, todos os momentos. Luta por nós e põe-te bonita , como sempre és. Amo-te, Mãe!