quinta-feira, 31 de dezembro de 2009



PALAVRAS, PARA QUÊ?

Gosto delas...



Praia sem dunas não é a "minha" praia.
Gosto de olhar para elas, silenciosas, intactas, escondendo segredos...

Cuidado! Elas são frágeis, levadas pelo vento, caminham para o mar.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cai neve no meu blogue



Gostaria muito de ver esta imagem quando corresse a cortina do meu quarto...

A todos os meus amigos desejo Um Bom Ano!

Mesmo na noite de Natal!



Cai neve branca e a Natureza gela. Um pequenino vende cautelas.
São doze mil contos!...
E continua apregoando a sorte-a sorte que lhe falta.
- Doze mil contos! Pró Natal, pró Natal!
E a noite de Natal cai, dançando com a neve que cai misturada com um pouco de frio, escuridão, tristeza...
" E enquanto eu vendo cautelas as outras pessoas vão correndo para comprar os presentes de Natal dos filhos. Entretanto, eu estou aqui vendendo a sorte grande para os outros, quando sou eu que preciso dela". E continua:
- São doze mil contos!
Obrigado, senhor, e boa sorte.
-Bom Natal!
E a neve cai branca, acompanhada de um pouco de tristeza, solidão, frio.
A caminho de casa vai olhando para as montras e pensa.
"Quem me dera ter isto. Mas se eu vendo a sorte , que hei-de fazer? Agora o que importa é chegar a casa e dizer que já arranjei dinheiro para os medicamentos. E este Natal ainda vai ser pior..."
E com isto, chegou a casa. Deixou a neve branca e triste...Como de costume, o pão com sopa e ajoelhou-se e rezou, rezou, e depois desejou um Bom Natal e Boa Noite e deitou-se.
É assim todos os anos o Natal deste menino pobre que vende a sorte grande e fica sem ela. Mesmo na Noite de Natal!

António Jaime Carvalho Esteves
(conto adaptado)


Gosto muito deste conto. Por várias razões. Foi escrito por um menino da idade dos meus alunos e por me trazer recordações.
Estava eu a dar aulas na Madeira, no meu primeiro ano como professora. E este foi o primeiro conto que coloquei no teste de Português, por altura do Natal. Lembro-me que os miúdos fizeram uma área vocabular sobre o assunto-Natal.

Guardei religiosamente este meu primeiro teste do final do período. Hoje tirei uma foto à imagem que vêem e que não está muito nítida. O teste já se encontra meio apagado pelo tempo...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009




Foge, foge, leitãozinho que te querem comer...

Receita para um sorriso...triste

Poderia ter dado outro título, mas optei por este e vão já perceber a minha escolha.
Tinha pensado no "manjar dos deuses" ou "uma delícia única"...e outros.

Foi num almoço oferecido pelos meus grandes amigos, num momento difícil da minha vida, há seis anos atrás, que comi o melhor leitão . Este leitão tinha um sabor especial:o do carinho e da amizade de quem me recebeu.

Lembro-me perfeitamente de ver o pai do meu amigo a assá-lo e a explicar-me como se se fazia. Num forno a lenha (coisa rara nos tempos de hoje , pois agora são cozinhados em fornos diferentes), empalado num espeto de madeira e não de metal (o sabor ainda fica melhor), temperado com uma pasta de pimenta, alho e sal e barrado por dentro. A barriguinha do leitão foi cosida com uma linha grossa. Cosido o leitão e não cozido em água, como muitos o fazem, antes da assadura, o que faz perder a qualidade toda.No final foi regada a barriga com vinho branco.

Acompanhamos com as batatas fritas feitas pelo meu amigo Amadeu e não pelas "pala-pala" como se faz em muitos restaurantes.
Para que haja um bom leitão, não basta um bom tempero e um bom forno, mas o gosto e o carinho de quem o assa.

Este almoço fez-me sorrir...

sábado, 26 de dezembro de 2009

O "Fiel Amigo"



Esta é a imagem tipicamente portuguesa do que resta das mercearias das grandes cidades. Tirei esta foto, numa rua perto da Torre dos Clérigos, no Porto.
O bacalhau pendurado não podia faltar, pois é nesta época que os portugueses mais se sentam à mesa com o "fiel amigo".

Ele é rei na maioria das casas portuguesas, tanto no prato do rico como no do pobre, mas é no norte que é mais apreciado.

A mesa da noite de consoada fica linda! Os enfeites, a toalha mais bonita, as velas, a mistura do colorido das rabanadas, dos bilharacos, da aletria, dos sonhos...mas, o lugar do rei está reservado ao bacalhau.

No outro dia ele continua, mas agora tranformado num prato que eu tanto gosto - a "Roupa Velha".

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Ceia de Natal da minha mãe

Os pratos mudam , mas o calor familiar continua...

Hoje quis que a minha mãe recordasse a ceia de Natal há mais de sessenta anos, altura em que ela teria 10 ou 12 anos.

A família era grande, como quase todas as famílias da altura. Minha mãe tem seis irmãos.
Acendiam a lareira. Numa panela de ferro onde minha avó cozia o bacalhau, as batatas e as couves.

Já na mesa, a meio, numa travessa grande era servida a ceia. Todos comiam da mesma travessa e cada um fazia as "minas". Debaixo das couves procuravam as batatas, espetando com o garfo.

Para sobremesa havia os "ovos mexidos" e a "aletria".
Minha mãe não se lembra de outras doçarias.

Foi bom ouvi-la e recordar...

Momento de ouvir...

Natal nas ilhas

O famoso bolo de mel é exemplo de como o povo madeirense vive com entusiasmo a quadra natalícia. A 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, o bolo é preparado com mel, manteiga, nozes e amêndoas, vinho da Madeira, erva-doce e canela, entre outros ingredientes, para estar pronto a consumir no dia de Natal. Enquanto se prepara, come-se um bolo que sobrou, simbolicamente, do ano anterior. A ementa natalícia no arquipélago é ainda composta por queijo, licor, genebra, anonas e bananas, além da carne de porco temperada em vinha-d’alhos.

Nos Açores, os figos vindos do Algarve, o bolo de massa sovada, os vinhos e licores juntam-se à canja de galinha, à galinha assada e guisada, à sopa de carne, ao cozido regional, à carne assada de vaca e de porco e ao arroz doce, fatias douradas, bolos secos e toda a variedade de doces para festejar o Natal. Entretanto, o povo anda de casa em casa a admirar o presépio de cada família. Outro costume é dar a provar os licores caseiros, carinhosamente chamados de “mijinho do Menino” ou “chichi do Menino”.

Com Rei ou sem Rei






O Bolo-Rei surgiu na França de Luís XIV, não resistindo aos calores anti-monárquicos da Revolução Francesa de 1879.
Mas...os inspirados pasteleiros franceses "trocaram as voltas" aos revolucionários e deram-lhe outro nome "gâteau des sans-culottes", garantindo-lhe desta forma a sua existência.

Também em Portugal, o Bolo-Rei introduzido no final do séc.XIX viu, com a proclamação da República em 1910, a sua existência ameaçada.
Os pasteleiros portugueses, seguindo o estratagema francês, deram o nome ao velhinho Bolo-Rei, passando a chamar-lhe "bolo-presidente" e "bolo-Arriaga", nome do primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga.

FELIZ NATAL...com rei ou sem rei.

A Fava, o Brinde e o Bolo-Rei

A Fava, o Brinde e o Bolo-Rei

Dentro do enorme bolo-rei encomendado para a noite de Natal as coisas estavam muito longe de correr bem. Porquê? Porque a fava e o brinde tinham passado da fase de amuo à de corte de relações devido às discussões antigas que sempre houvera entre ambos.

A fava entendia que o seu papel era, há muito, desvalorizado, fazendo ela, as mais das vezes, o papel de má da fita. Sempre que alguém partia um dente a trincar uma fatia ou ficava incomodado por não lhe ter saído o brinde, mesmo que ele fosse insignificante, o comentário costumava ser:

— Maldita fava, que não está aqui a fazer nada, que só causa problemas e que, ainda por cima, nem serve para ser comida.

Por isso, a fava exigira já ao pasteleiro que a embelezasse, revestindo-a, por exemplo, de chocolate, o que sempre poderia torná-la mais apetecível e menos desprezada. Mas o pasteleiro recusara-se a fazê-lo, em nome de uma velha tradição de que se sentia guardião.

Por sua vez, o brinde, que se encontrava numa posição favorável, sendo sempre o mais procurado no bolo-rei, juntamente com algumas frutas cristalizadas, achava que aquilo que se gastava com a compra bem podia ser aplicado na melhoria da sua qualidade. Queria, por exemplo, deixar de ser feito em metal barato, do género que escurece e enferruja rapidamente, e passar a ser feito em prata, o que lhe daria o direito de não ser atirado para o fundo de uma caixa esquecida num sótão, ou mesmo para o caixote do lixo.

Em relação a esta exigência também o pasteleiro não se mostrava disposto a ceder, afirmando, por exemplo:

— Se eu fizesse o que me pedes, o brinde sairia muito mais caro do que o bolo-rei.

Eram estes problemas que se encontravam na origem das discussões e dos conflitos a que o pasteleiro se sentia incapaz de pôr termo. Por isso pediu a intervenção da Fada do Natal, com o objectivo de a levar a pôr um pouco de bom senso nas cabeças da fava e do brinde.

A Fada do Natal apareceu na cozinha sem aviso e encontrou a fava e o brinde muito amuados, cada um para seu canto, recusando-se a entrar naquele bolo-rei e, por sua vez, o pasteleiro desesperado a desabafar:

— Se eles se recusarem a colaborar, eu não poderei satisfazer a minha encomenda e, assim, uma família grande passará a noite de Natal sem o bolo-rei que tanto deseja.

Ao escutar esta queixa, a Fada do Natal tomou uma decisão inesperada: puxou da sua varinha mágica e transformou o brinde em fava e a fava em brinde, medida que deixou ambos completamente confusos e sem saberem o que haviam de dizer.

Aproveitando o silêncio da fava que agora era brinde e do brinde que agora era fava, o pasteleiro pôs os dois dentro do bolo-rei, ainda em fase de massa mole, e meteu-o dentro do forno. De lá de dentro saíam vozinhas dizendo coisas do género: “Mas que grande confusão. Ainda há pouco tinha forma de fava e agora olho para mim e vejo um brinde prateado” ou “ando eu a pedir para me fazerem em prata e agora não passo de uma rija e triste fava”.

O pasteleiro sentiu uma grande vontade de rir com a confusão que a sua amiga Fada do Natal acabara de criar para o ajudar e por achar inútil toda aquela discussão que prometia arrastar-se para além do que era razoável.

— Obrigado, Fada do Natal, pela preciosa ajuda que me deste. O que posso agora fazer para te compensar? — disse o pasteleiro.

— É simples. Faz chegar o bolo-rei ao seu destino, para que aqueles que o esperam não sejam prejudicados e, se tiveres outros bolos-reis que ninguém tenha comprado, fá-los chegar às mãos daqueles que não têm casa nem família — respondeu a Fada do Natal.

— Então a fava e o brinde?

— Ficarão assim até perceberem que, vistas do outro lado, as coisas são sempre diferentes do que imaginámos. Talvez assim se acalmem e deixem de te causar problemas inúteis.

José Jorge Letria
A Árvore das Histórias de Natal

Já não existem "fadas do lar"...

Sei que ninguém 0 vai fazer, pois já não existem "fadas do lar"...
Mas mesmo assim não quero deixar de vos enviar uma receita de Bolo-Rei.

Ingredientes
Manteiga: 130 gr
Açúcar: 130 gr
Farinha: 500 gr
Fermento: 15 gr
Ovo: 3
Leite: 2 dl
Vinho do Porto: 2 colheres de sopa
Aguardente velha: 2 colheres de sopa
Fruta cristalizada variada: q.b.
Amêndoa: q.b.
Noz: q.b.
Pinhão: q.b.
Preparação
Num pouco de leite frio dissolva o fermento e adicione a farinha. Junte todos os ingredientes, excepto as frutas cristalizadas e os frutos secos, e amasse bem. Quando a massa começar a fazer bolhas, sinal de estar bem batida, juntam-se as frutas cristalizadas e os frutos secos. Tende-se a massa em forma de rosca, colocando em recipiente com buraco no meio, depois de bem untado com manteiga. Deixa-se descansar durante umas horas. Pincela-se com gema de ovo e colocam-se mais algumas frutas cristalizadas por cima. Coze-se em forno médio até ficar dourado.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Em cima da mesinha de cabeceira



Todos nós temos objectos que gostamos em cima da mesinha de cabeceira.
Um livro, uma foto...algo que nos diz alguma coisa, que nos caracteriza.

Quando eu andava no liceu tinha na minha mesinha, junto ao candeeiro, umas bailarinas de porcelana,pequeninas e delicadas. Deliciava-me a olhar para elas, de várias cores, com o cabelo preso e uma perna levantada ou debaixo da saia. Eram uma gracinha! Fazia colecção e dei-lhes um nome: "Zézés".
Um dia um amigo quis oferecer-me uma e levou-me a uma casa, a Vidreira, junto à sapataria Moreira, que hoje já não existe.
O caricato da situação é que quando apontou para a boneca chamou-lhe "Zézé".Rimos todos.

Hoje, tenho estes dois objectos pequeninos, delicados, como eu gosto e, que me foram oferecidos por alguém que sinto muito carinho.

Era uma vez uma pedra...





Era uma vez uma pedra, e dela brotou uma ilha-Tonga.
Tonga é a única monarquia da Polinésia. Um arquipélago constituído por 170 ilhas cobertas de matas tropicais.Para ser mais precisa, não muito longe da Nova Zelândia.

O viajante que chega a Tonga depara-se com uma paisagem única de escarpados rochedos, um mar cristalino recheado de corais e grutas fascinantes.
O carácter independente e nativo deste reino constitui um atractivo em si mesmo.
O palácio do rei, em Nuku'Alofa, junto ao mar, tem um ar arrogante e orgulhoso.

Estas ilhas são apelidadas de amigáveis e quem lá for não pode deixar de saborear o "Kava", bebida que os tonganeses usam nos encontros sociais e religiosos.
Mas cuidado! A língua fica adormecida...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Olhar e ver para além da fotografia



Esta imagem transmite-me uma sensação que vai para além do que se vê...
Gosto de olhar para ela.


Aprendi a gostar de fotografia, mesmo aquelas,que para muitos, são consideradas vulgares.
Depende da forma como sê vê.Gosto de captar flores que nascem espontâneas, pequeninas, em qualquer sítio, num silvado, numa duna de areia, solitárias...

Como um dia disse,as fotos trazem-nos momentos, recordações ...

Chegar ao coração de um povo



Nos anos 50, um jovem missionário que embarca numa longa viagem, juntamente com os nativos de ilha Tongan. Deixa para trás a sua noiva e sua família.
Ao longo da sua viagem, ele escreve cartas para a sua noiva, relatando suas aventuras para sobreviver em terra desconhecida. Ao mesmo tempo faz amigos nos três anos que passa longe de casa...

O Espírito Natalício...

Lembro-me de tantos Natais...

Em família, tudo preparado ao pormenor, o cheiro a fritos, a minha mãe de volta do fogão (ainda continua),a alegria na cozinha...
Mas o mais triste é que eu tenho vindo a dessensibilizar-me desta data.
Não sou religiosa ,mas mesmo assim ,sinto-me decepcionada,com a transformação desta quadra. Muitos nem lembram o nascimento de Jesus.
Recordo com saudade , o dia 25, em que me juntava com as minhas primas e perguntávamos:"O que é que o Menino Jesus te trouxe?"
Agora só ouço falar do Pai Natal, das prendas...
A minha perspectiva em relação a esta data que se transformou numa quadra superficial, consumista, já não faz sentido.
Continuo a dar muito valor à união da família, mas essa faço-a todos os Domingos, sem ser necessário o dia 25.

O espírito natalício não vai ser mais recuperado...

domingo, 13 de dezembro de 2009

O Barco Rabelo



Ao descer o rio, os Rabelos traziam o vinho do Douro até Vila Nova de Gaia.
O deslizar do barco Rabelo é solene, majestoso. Podemos dizer que é bizarro, na simplicidade das suas cores.Decorado com o nome de santo protector, pois não era fácil navegar pelo Douro.

Alguém disse um dia que o Rabelo colaborou com a prosperidade duriense, é o brasão de armas da região, símbolo de uma região única no mundo.

Hoje, os Rabelos são utilizados em regatas e passeios no rio que recordam os seus tempos de glória.

O Crepúsculo Místico



Tirei esta foto, ontem, no cais de Gaia. Estava um fim de tarde magnífico e captei esta imagem a que dei o nome " Crepúsculo Místico".

Saboreei este fim de tarde e terminei-o nas caves do vinho do Porto, com a prova do néctar dos deuses.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tudo na vida tem os seus momentos, até as músicas



Aqui vai uma música que tenho ouvido muito ultimamente, em especial, esta semana.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Carpe Diem



Este filme convida-nos a resgatar emoções tantas vezes caladas em nome de uma sociedade instituída.
O Clube dos Poetas Mortos mostra as relações de um professor com uma turma cheia de sonhos e vontade de viver intensamente. Com o seu talento e sabedoria este professor inspirou os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias.
"carpe Diem" (aproveite o dia), cujo sentido é: aproveite, goze a vida, ela dura pouco, é muito breve.

Como cativar os meus alunos.

Ontem estive num seminário "Tecnologias Educativas do séc.XXI".
Vou dar-lhe outro nome: "Como cativar os meus alunos".
"Aprendi" que fazer com que os alunos gostem do que ouvem recorrendo às novas tecnologias, não é tarefa difícil. O difícil é cativar os nossos alunos, "revolucionando " o que se ensina e ter com eles um bom relacionamento. Aqui recordo o filme que mais me marcou , daí que o colocasse no meu perfil.
A escola deve estar preocupada, mais do que ensinar, em fazer com que o aluno aprenda a pensar e que goste do que ouve.
Ontem...o que mais gostei (ali coloquei-me no papel dos meus alunos, eu era mais um) foi de ouvir que é preciso gostar do que se faz...só se aperfeiçoando se melhora ...deixamos de ser mestres...e claro, adorei ouvir a música de Caetano Veloso .
Parabéns aos convidados que com algum brilho me prenderam a atenção, outros (desculpem a minha sinceridade) fizeram com que eu "desligasse" por alguns momentos.
Peço desculpa também aos meus alunos quando, por vezes, os faço "desligar" do que estou a dizer.
Como cativar os meus alunos...penso nisto e procuro isso.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Como me divertia ao lê-la

Mafalda,"a contestatária".

Sempre simpatizei com esta personagem.E como me divertia ao ler as tiras de
banda desenhada!

Gostava tanto dela, que um dia me foi oferecido "toda a MAFALDA".
Li da primeira à última tira.E guardo-a religiosamente na estante que fica ao subir das escadas.

Hoje apeteceu-me ir buscá-la. Folheei e li algumas páginas já amarelecidas com o tempo.

Mas ela ainda continua bem actual quando diz: "quero felicitar os países que dirigem a política Mundial" e logo depois reflecte e volta atrás... "espero ter alguma vez motivos para isso".

É sempre a mesma esta Mafaldinha...


O bode espiatório


O papel de Miguel de Vasconcelos foi o de "bode espiatório", pois ele não passava de um pobre coitado, que fazia o que lhe mandavam, apenas um executor, mas detestado pela sua insolência. Foi o grande culpado.Na nossa História, as grandes culpas colectivas têm que arranjar um "bode espiatório".
Não podemos esquecer que grande parte da nobreza tinha apoiado D. Filipe I, nas Cortes de Tomar, para ser rei de Portugal.
Os conjurados arremeçaram -no pela janela do Paço e, para atrair o povo, lançaram guloseimas e pratas sobre o seu corpo .
O povo enraivecido lançou-se sobre o corpo agonizante.

Já temos rei! Já nos livramos dos espanhóis!

Peço desculpa ao autor da imagem.

O (in)desejado


domingo, 29 de novembro de 2009

As "doçuras" da amora


A amora é o fruto das silvas.
Muitas vezes as procurei (já foi há tanto tempo...) e só ficava satisfeita quando o saco já não aguentava mais.
Em casa experimentei pela primeira vez fazer doce de amora.
A melhor "técnica" que me fez aprender rápido foi a doçura da minha mãe que nunca me ralhava, mesmo quando as experiências iam parar ao balde do lixo.
Havia uma dupla doçura: a das amoras e a da minha mãe.
Este doce é simplicíssimo de preparar.
Colhia nos silvados as amoras bem maduras. Em casa, lavava-as cuidadosamente e pesava-as depois. Colocava as amoras, com o açúcar num tacho (o mesmo peso em açúcar ou menos um bocadinho) e , já no lume, mexia e raspava no fundo com a colher de pau para não pegar.Quando atingia o ponto de estrada (ao passar com a colher de pau pelo fundo do tacho se forma uma "estrada" que deixa ver o fundo), retirava do fogo, deixava amornar e colocava nos frascos.

Gostar de coisas simples

A chuva trouxe-me recordações boas da minha infância.
Nem sei porquê.

Muito gostava eu, naquela altura, de percorrer os campos dos meus avós maternos, quando os dias começavam a aquecer e debruçar-me sobre os combros (este termo é pouco usado actualmente), à procura de morangos. Eram pequeninos e docinhos. Cuidadosamente, enfiava-os num "fio" de uma flor. Às vezes algum partia e logo ali o comia.
Chegava a casa e empoleirava-me num banco, para chegar ao armário onde a minha avó guardava as malgas (eram umas malgas enormes, onde se comia a sopa). Esmagava os moranguinhos com o açúcar até a malga ficar tingida de vermelho e deliciava-me a comê-los.

Isto é aquilo que eu costumo pensar: "ser feliz com coisas simples da vida".

Quem quer casar com Catarina?


Quando Carlos de Inglaterra viu o retrato de D. Catarina gostou da cara e cabelos dela. A princesa tinha deslumbrantes cabelos negros, olhos muito escuros e um ar doce. Mas os retratos da época não mostravam as imperfeições.
A noiva era pequena e roliça e tinha dentes ligeiramente salientes.
Apetecia-me dizer como na história da Carochinha: " Quem quer casar com a princezinha que é bonita e formozinha!"
Quando os noivos se encontraram, Catarina ficou imediatamente apaixonada pelo rei que , embora feio, tinha um enorme poder de sedução. Também o rei ficou seduzido pela inocência de Catarina e cedo a amou...à sua maneira.
Catarina teve que enfrentar a corte inglesa, dominada pelo rei e pelos prazeres do amor, chegando ao ponto de nomear para dama da rainha a sua amante.
A rainha fez um esforço e conquistou o coração de muitos ingleses. Terá ensinado a preparar o chá e a bebê-lo acompanhado de bolos, que passou a ser servido em bules de porcelana chinesa. Os ingleses usavam a prata e o chá arrefecia rapidamente. Levou também para a corte inglesa a receita da compota de laranja amarga de Vila Viçosa, onde o fruto abunda.
A verdade é que o termo "marmelade" é a palavra portuguesa "marmelada", que é confeccionada com marmelo, fruto que não era conhecido em Inglaterra. A "marmelade" inglesa é doce de laranja.
D.Catarina tentou ainda impor na corte as saias mais curtas, onde se pudessem ver os seus pés delicados, mas as velhas damas inglesas de pés grandes não a seguiram.

O tesouro por descobrir





Ao olhar para esta imagem dá-me vontade de voar até lá...





Portugal parece ter ainda muitos tesouros por descobrir.
Um deles é o chá Gorreana que muitos portugueses nunca ouviram falar. Esta apreciada bebida cultivada na ilha de S. Miguel, foi durante muitos anos a única plantação de chá na Europa.
A história da introdução do chá em S. Miguel, confunde-se com a vida das famílias micaelenses.
O chá aparece na ilha pelas mãos de Jacinto Leite, por volta de 1820, que traz as sementes do Brasil. O seu cultivo foi depois incentivado, como resposta à crise da laranja. Daí que viessem dois chineses, em 1878, para S.Miguel e trouxeram umas sementes para a plantação e ensinaram as complexas tarefas da sua preparação.

Se me permitirem o meu conselho...
A seguir a uma grande festança e comida farta, bebam chá verde que é muito digestivo.

O chá, a beleza e satisfação...










O imperador Shen Nung descansando sob uma árvore de chá



Conta a lenda que foi o imperador Shen Nung quem descobriu

o chá quando, numa das suas longas viagens, se sentou debaixo de um arbusto a beber água quente, ideal para matar a sede. As folhas, por acaso, cairam na água e deram um sabor e aroma especial que deliciou o imperador.
Para os chineses o chá está associado à beleza, pelo ritual da sua preparação, pela satisfação e paz que provoca...


Um dos hábitos, mais tipicamente britânicos é o "chá das cinco" acompanhado com scones.
Contrariamente aos ingleses (como eu gosto de ser diferente dos ingleses!!), gosto de o tomar a qualquer hora do dia e, à noite, antes de adormecer, não abdico do meu chá "noites tranquilas".



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estes são os "inúteis"...



Estes são aqueles a quem Miguel Sousa Tavares apelidou de "inúteis".

Parabéns à escola,professores e alunos.

Fondue, uma palavra feminina

Achei curioso saber que fondue é feminino e, de imediato, associei à delícia de um fondue de frutos variados, coloridos, saborosos...



Gostei ainda de saber que "a fondue" significa queijo fundido ou derretido.

Originário da Suíça Francesa, conta-se que no século XVIII moradores dos Alpes Suíços tiveram uma superprodução de queijo que endureceu com o Inverno.

Para evitar a perda e conservá-los, derreteram o excesso produzido e acrescentaram Kirsh (bebida alcoólica de cereja produzida ali). Enquanto preparavam iam provando com pão para determinar o tempero.

O prato foi adaptado e hoje há uma variedade enorme de fondues, com vários tipos de queijo, chocolates e cremes.

Fondue, um sabor especial de amizade


Quem não deseja uma tarde agradável, apetitosa e que ainda seja um bom motivo para reunir amigos?
Recordo a primeira vez que utilizei o meu aparelhozinho de metal brilhante. Ainda nem sabia muito bem acender a lamparina (utilizei um gel pouco conhecido), mas tive a ajuda dos meus amigos.
Escolhi a melhor carne, o filé, pela sua maciez e cortei-o em cubinhos regulares. Em panela própria aqueci o óleo e depois transferi-o para o recipiente do fondue.
Cada um de nós espetou o pedaço de carne com o garfo e, no meio da brincadeira, fomos saboreando o filé, mergulhado em molhos de diferentes temperos, distribuídos em pequeninas tacinhas...
Acompanhamos com um bom vinho que aqueceu ainda mais o ambiente entre amigos.

Quem já resistiu?


Quem já resistiu a um brigadeiro docinho?
Deliciem-se com a imagem!
A versão mais conhecida diz que o doce foi uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes, candidato a Presidente, nas eleições de 1945. Falam que o tal brigadeiro era um homem muito lindo e que arrancava suspiros às mulheres. E graças então ao tal brigadeiro, o candidato, temos hoje, um dos doces mais populares da culinária brasileira.
O tal brigadeiro perdeu as eleições, mas o docinho ficou para sempre na memória dos brasileiros.
Conta a história que nessa época, logo após a 2ª guerra mundial, havia racionamento de açúcar, ovos e leite no Brasil. Alguém quis fazer um doce e, então teve a ideia de misturar leite condensado com chocolate.
Hum... se quiserem o brigadeiro, o doce,claro! Peçam-me a receita.

domingo, 22 de novembro de 2009

A árvore que sobreviveu a Hiroshima



Quando a bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, em 1945, foram poucos os seres vivos
que resistiram ao impacto da explosão. Entre eles, encontravam-se quatro árvores da espécie "Ginkgo biloba". Embora tenham ficado queimadas, recuperaram, e podem ser vistas ainda hoje na cidade.


Faz-nos pensar...
A natureza contraria o que o Homem faz.

O Mistério da Lua

Momentos e olhares

A vida é feita de momentos, alguns são apagados, levados pelas ondas da vida, outros ficam,
perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e
saudade...

sábado, 21 de novembro de 2009

Esta não é a minha escola


SEMENTES DE VIOLÊNCIA


Richard Dadier, quer ajudar a mudar o seu pequeno canto do mundo. Alguns acham que é uma causa perdida.
Dadier é o novo professor de uma escola secundária, num bairro degradado da cidade, onde tensões raciais, violência, gangs e apatia são o pão nosso de cada dia.
O professor não desiste dos seus ideais e paga um preço alto no seu confronto com os adolescentes problemáticos.

Este filme revela a relação, muitas vezes conflituosa, entre professores e alunos. E seria desejável que o Ministério da Educação o visse.Talvez assim valorizassem mais a dedicação e esforço dos professores e, em muitos casos , a luta que muitos enfrentam todos os dias.

É um tema bem actual, pois a violência verbal e física na escola, tem vindo a aumentar de ano para ano (é uma violência que passa por toda a comunidade escolar).
As escolas, na sua maior parte das vezes, nem sabem que medidas devem tomar para evitar este problema.

Ainda em relação ao filme "Sementes de violência".
Sinto-me feliz porque não me revejo nesta escola.
Estes não são os meus alunos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma relação perfeita - Vinho do Porto e amêndoa



A arte de fazer doces costumava acompanhar a linha feminina.
Mas...com o passar dos tempos, o homem conseguiu, finalmente, libertar-se e passou a "dominar" a cozinha,com intensidade, emoção...


Bolo de amêndoa com um toque de vinho do Porto

Bata 300 gr. de açúcar com 8 gemas até ficar um creme fofo. Em seguida bata as claras em castelo. Misture-as ao preparado, suavemente, com 400 gr. de miolo de amêndoa picado, 4 colheres de sopa de pão ralado e um bom cálice de vinho do Porto.
Está pronto a ir ao forno.
Mas sou assim...

Eu gostaria de ser assim....

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Para uma noite fria de Inverno


Chocolate quente é uma bebida deliciosa e reconfortante
para uma noite fria de Inverno.
Bata no liquidificador um litro de leite desnatado, com uma lata de leite condensado, quatro colheres de sopa de chocolate em pó (amargo) e duas colheres de sopa de amido de milho. Para quem gostar de um sabor diferente misture três colheres de sopa de conhaque.
Leve ao lume em temperatura média até engrossar.
Serve-se bem quente e polvilhado com canela.

...Chocolate!



Um livro à nossa espera!


Viviane é uma mulher fora do comum. Ela e sua filha Anouk mudam-se para uma pequena aldeia do interior de França, muito conservadora.
Lá tem a "ousadia" de abrir uma loja de chocolates, ao lado da igreja.
E, através das suas receitas únicas, ela descobre o mais íntimo desejo de cada pessoa.

A loja de chocolates de Viviane é um apelo à sedução dos sabores...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Missão

Todos os anos apresento aos meus alunos este filme, a propósito do papel dos missionários Jesuítas, na defesa dos índios, no Brasil, contra a escravatura.

Fazem-me muitas perguntas ...

"e os índios vão morrer todos?" " e as crianças?" " e os missionários que vão fazer?"

Os seus comentários espontâneos, mostram claramente que estão contra os europeus e a favor dos indíos.

Também há risos pelo meio, quando vêem a nudez dos nativos.

Na parte final do filme ficam "tocados " com as crianças que, sozinhas, vão pelo rio acima, remando para a floresta...

domingo, 15 de novembro de 2009

Apanha da amêndoa



Já em casa ,sentia-me tão cansada que abandonei o cesto, no meio das escadas.
Agora só me falta partir a amêndoa. Espero não "britar" os meus dedos.


E espero voltar a Arnozelo para ver as amendoeiras em flor...

Tempo de amizade



Em Outubro, rumámos para o Norte, em direcção a Arnozelo.
Era a minha primeira experiência em apanhar amêndoa.
Adorei! Adorei! Adorei!
Entre risos e conversas, lá varejamos a amêndoa...
Foi um tempo de amizade que fica nas minhas lembranças.

O meu amigo J. ensinou-nos o que era "britar" a amêndoa.

Antigamente, partia-se a amêndoa com uma barra de ferro ou martelo.
Dava-se uma ou duas pancadas secas na amêndoa, colocada numa pedra de granito , até partir a casca.

sábado, 14 de novembro de 2009

um simulador de vida


Um momento mudou a sua vida

Rodrigo Mendoza é um caçador de escravos que faz da violência o seu modo de vida.

Um momento mudou a sua vida...

Ama o seu irmão mais novo, Filipe, mas este mantém uma ligação secreta com a sua noiva Carlotta. Ela se apaixonou por Filipe.
A descoberta deste amor secreto leva-o a um duelo com o irmão ,onde o mata.

O remorso leva-o a juntar-se aos Jesuítas, nas florestas brasileiras. Lá, ele fará tudo para defender os índios que antes escravizara.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Da janela do meu quarto...



O que mais gosto é olhar, da janela do meu quarto, e ver aquelas árvores.Gravei-as nas minhas memórias, antes que desapareçam ( e eu que gosto tanto de castanheiros...)
Corro a cortina e olho. Sabe-me bem e, num dia de chuva, ainda gosto mais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Castanhas misturadas com abraços de amizade

Hoje a escola tinha um cheirinho diferente.

E as castanhas trouxeram-nos" um sopro de ar fresco", com a visita dos nossos amigos

de almoços e convívios.



Não há escola como a nossa, podem correr e saltar.







terça-feira, 10 de novembro de 2009

E quem não é?

O meu dilema existencial (às vezes penso que sou um bocadinho fútil ):" que hei-de vestir amanhã...quero ir bonita e receber elogios. Fazem-me bem à alma."

E quem não é?

o meu "bolinha"



Ainda me lembro. Fui buscá-lo a Estarreja e vinha numa caixinha de sapatos, carinhosamente aconchegado em papéis pequeninos. A caixa tinha uns furinhos para respirar. Fazia calor e não podia demorar muito com ele na mala do carro.

Nesse dia ainda houve uma pequena "discussão", cá em casa, por causa da escolha do nome.

Gosta de arranhar pernas, mas também é meiguinho.Quando quer!


Digam lá se não é fofinho!
Cheguei a casa, depois de mais um dia de escola.
Alunos, conversas, explicar milhentas vezes, mandar calar,...trabalho e
trabalho e mais trabalho.
Trabalho!? A escola faz-me bem e como diz o meu amigo L.F "vou dar-te mais
umas aulitas de Apoio, pois tu até gostas de almoçar cá. "
E pronto, lá se vai mais uma tarde livre.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

petit gâteau

Petit gâteau (pronuncia-se petí gatô) é um pequeno bolo de chocolate com recheio cremoso. Foi criado por acidente nos Estados Unidos da América, quando um aprendiz de chefe de cozinha aqueceu demais um forno. Mesmo com o erro, os clientes adoraram a receita e assim popularizou-se nos restaurantes de Nova Iorque na década de 1990.





Aqui vai a receita

Ingredientes:

200 gr de chocolate meio amargo
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1/4 de chávena(chá) de açúcar
2 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
2 ovos inteiros (tirar a pelinha das gemas)
2 gemas

Modo de Preparar:

Aqueça o forno em temperatura média.
Unte forminhas (de empada) de 7 cm de diâmetro, enfarinhe e reserve.
Bata os ovos, as gemas e o açúcar na batedeira até ficar esbranquiçado.
Junte o chocolate e a manteiga derretidos, com uma espátula, e vá misturando a farinha de trigo aos poucos.
Leve para assar de 6 a 10 minutos, fique de olho, cuidado para não queimar os "gatinhos".
Os bolinhos devem crescer e ficar com o meio molinho ( no meio a massa fica crua).
Desenforme-os directamente no prato em que irá servir (cuidado para não queimar as pontas dos dedos).
Servi-los com uma bola de gelado de creme ou de baunilha e calda de chocolate para enfeitar.
Talvez amanhã fiquemos nus, esta noite vamos vestir os pijamas.

Frases soltas ao pequeno almoço

"Anda muita fome encoberta".

"Fixe!"

"Aquele caramelo..."

"Mas tu...trabalhas? (he,he,he...)"

" Combói0"

Aquele que adivinhar recebe um beijo meu (em pensamento!Claro!)
Que estavam à espera?

Os reis e as alcovas




Vejam a preocupação dos nossos reis...

A lenda da Ferreirinha


No ano de 1861, o Barão Forrester conheceu Dona Antónia Ferreira, conhecida por todos como Ferreirinha, figura importantíssima da região, empresária proprietária de diversas quintas no vale do Douro e, dizem, dona de estonteante beleza. Em uma tola tentativa de galanteio, o Barão ofereceu-se para levar Dona Ferreirinha de barco até Régua, vangloriando-se de seus amplos conhecimentos na geografia da região. Conta-se por aí que durante o percurso o barão ficou de tal forma hipnotizado pela formosura da Ferreirinha, que se distraiu da direcção do barco, batendo nas pedras. Com o naufrágio, o barão veio, ironicamente, a falecer, enquanto Dona Ferreirinha se salvou, já que, reza a lenda, as amplas saias de seu vestido insuflaram-se de ar, servindo-lhe de bóia até que fosse resgatada. Ferreirinha só foi morrer bem velhinha (ainda mais considerando a época) aos oitenta e cinco anos, depois de muito aprontar por aí, imortalizando a marca de vinhos do Porto "Ferreira".

domingo, 8 de novembro de 2009


Um amigo ensinou-me a apreciar as belezas do Douro. Podemos ir muitas vezes lá, que haverá sempre algo novo para se descobrir. Para além disso, não nos podemos esquecer que a paisagem que beija o rio Douro, é património mundial da humanidade...

teorias blá blá blá

Estou cansada de ouvir conversas de alimentação saudável...isto faz mal ao colesterol, aquilo faz bem...
Tantas teorias!!!
Vem mais um "génio da medicina" que contraria o que se dizia que fazia bem.Mas afinal em que ficamos?
Meu conselho: uma boa alimentação rica em amor, misturada com uma pitadinha de pimenta (ah, como eu gosto de pimenta no queijo fresco), acrescenta-se um beijo de chocolate, um abraço com sabor a morango...assim ficaremos com uma pele melhor e seremos jovens toda a vida.

Mais prolongado do que o beijo

De acordo com um estudo, o chocolate possui um efeito estimulante mais prolongado do que o beijo na boca. Embora o beijo na boca tenha acelerado o coração dos participantes no estudo,o chocolate provou ser mais potente, tendo em alguns casos subido os batimentos cardíacos, de 60 para 140 minutos.Como causas deste fenómeno, as substâncias que compõem o chocolate e os seus efeitos enquanto se derrete na boca.

CHOCOLATE OU BEIJO? O QUE PREFEREM?

A arte de bem fazer marmelada


Pode parecer exagerado, mas a verdade é que a marmelada aparece sempre ligada ao conceito de prazer, e não apenas por ser doce. Em favor desta teoria, que adiante se desenvolverá, pode mesmo invocar-se abonação real, chamando a terreiro o exemplo do Rei Magnânimo, D. João V, um dos mais célebres comedores de ladrilhos de marmelada da história de Portugal, ele próprio responsável por muita da marmelada que no século XVIII se fez no Convento de Odivelas, durante o seu longo reinado de 44 anos.Conta-se, e a história confirma, que o Rei, beato e muito dado a superstições e bruxarias, já se tinha tornado conhecido como frequentador assíduo do Convento, quando para lá entrou uma bonita jovem de 17 anos, Paula Teresa da Silva e Almeida, mais tarde celebrizada com o nome simples de madre Paula. D. João V era tudo menos um platónico freirático. Guloso, galanteador, mulherengo e apaixonado, transformou-se num autêntico «coureur de femmes», e era vê-lo apear-se do seu coche, à porta do convento, «para ir ler papéis de solfa com as freiras assentadas nos joelhos», como diz Júlio Dantas, que lhe chama «galo de Odivelas e de Via Longa».D. João V apaixonou-se pois pela jovem Paula Teresa, que, apesar da sua tenra idade, já era amante do Conde do Vimioso quando entrou para o convento. Foi fácil ao Rei entender-se com o Conde, e Paula passou a ser a amante preferida de D. João V, que a transformou numa espécie de Madame Pompadour, mais desejosa de conforto e de prazeres do que de sacrifícios e de cilícios. E apesar da diferença de idades (o Rei era trinta anos mais velho do que a freira), D. João V visitava-a todas as noites, ou quase. Com tal assiduidade, nada mais natural que fazer alguma marmelada – a possível, é evidente. Mas também se admite que o Rei, bem resguardado dos olhares ávidos dos súbditos, algumas vezes tenha colaborado com a amante na confecção do pudim da Madre Paula, batendo as dez gemas de ovos que a receita indica. Em questões de doçura, não lhe faltava, aliás, que fazer, nem a ele nem a outro qualquer com as mesmas facilidades à chegada à portaria: o Convento de Odivelas tornou-se famoso pelo seu receituário doceiro, no qual avultavam, além do pudim da Madre Paula, o bolo-podre, os suspiros, o toucinho-do-céu e... os ladrilhos de marmelada, de que, pelos vistos, o Rei era grande consumidor.Verdade ou não, Alberto Pimentel diz que, em Odivelas, D. João V «entremeava as pulsações do coração com as contracções do estômago, mordiscando ladrilhos de marmelada com a Madre Paula; e tanto assim que um desses quadradinhos de doce, com evidentes de mordeduras régias, serviu, juntamente com outros ingredientes de procedência menos limpa, para uma célebre sorte de bruxedo que foi um dos mais apregoados escândalos desse tempo».O caso soube-se porque em 1736 as mulatas Salemas, bruxas de Setúbal, foram acusadas de terem preparado, com a cumplicidade do Padre Bartolomeu de Gusmão e de duas freiras de Odivelas, um feitiço com o objectivo de mudar o Rei da cama da Madre Paula para a de outra freirinha mais nova e também muito bonita. O bruxedo não deu resultado e D. João V lá continuou a fazer (e a comer) marmelada com a Madre Paula, talvez na esperança de que tão doce tarefa lhe fosse levada a crédito na hora do ajuste final de contas.