quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os livros foram os meus amigos.

" Lia tudo o que me vinha parar à mão.Sem crianças para brincar, sem ir à escola, sem televisão - os livros foram os meus amigos, os meus mestres, a minha âncora de salvação.
A minha infância foram amigos encontrados nas páginas dos livros
."

Alice Vieira

E para mim?
Na minha adolescência ainda foram mais importantes do que agora.
Ajudaram-me a crescer. Numa altura em que não tinha os livros que queria. Não me ofereciam. Por isso, o dia de cada mês em que a biblioteca itinerante se aproximava,era esperado por mim, ansiosamente. A carrinha chegava ao final da tarde e eu requisitava tudo o que me era permitido. Ainda fazia perguntas ao bibliotecário sobre os autores. Ele deveria gostar muito de livros, pois sabia. Uma vez perguntei-lhe por uma autora inglesa e ele disse-me: "infelizmente, já morreu..."

Já em casa devorava-os. Tinha sido tão rápida que a sensação de espera que o mês acabasse, se prolongava ainda mais...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cais de Gaia ao entardecer...






Chez Lapin



Quantas recordações...
Já lá vão mais de vinte anos. Andava eu a estudar no Porto.
Este era o "nosso" restaurante. Eu e a Luísa festejávamos o aniversário ali.
No mesmo dia, em Janeiro. Ela fazia o famoso "Bolo de Banana" e eu o " Claro Escuro".
Na altura da Queima das Fitas, o restaurante também esperava por nós.

Este restaurante tem vista sobre o rio Douro, o que o torna ainda mais delicioso!

Porto Sentido

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fim de tarde




Fim de tarde junto ao mar.
Nem senti o frio...é tão bonito olhar o mar com o sol a beijá-lo.

Amizade

Era uma vez um homem pobre mas corajoso que se chamava Ali. Trabalhava para Ammar, um velho e rico comerciante.

Certa noite de inverno, disse Ammar: “ninguém pode passar uma noite assim no alto da montanha, sem cobertor e sem comida. Mas voce precisa de dinheiro, e se conseguir fazer isso, receberá uma grande recompensa. Se não conseguir, trabalhará de graça por trinta dias”.

Ali respondeu: “amanhã cumprirei esta prova”.

Mas ao sair da loja, viu que realmente soprava um vento gelado, ficou com medo, e resolveu perguntar ao seu melhor amigo, Aydi, se não era uma loucura fazer esta aposta.

Depois de reflectir um pouco, Aydi respondeu: “vou lhe ajudar. Amanhã, quando estiver no alto da montanha, olhe adiante. Eu estarei também no alto da montanha vizinha, passarei a noite inteira com uma fogueira acesa para você. Olhe para o fogo, pense em nossa amizade, e isso o manterá aquecido. Você vai conseguir, e depois eu lhe peço algo em troca.”

Ali venceu a prova, pegou o dinheiro, e foi até a casa do amigo: “você me disse que queria um pagamento.”

Aydi respondeu: ”sim, mas não é em dinheiro. Prometa que, se em algum momento o vento frio passar por minha vida, acenderá para mim o fogo da amizade.”

Paulo Coelho

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cachoeiras, as lágrimas da montanha

Lenda indígena diz que antigamente o Monte Roraima não existia. A vida era tranquila entre os índios, de caça e pesca, até que de repente nasceu uma bananeira no local, algo jamais visto na região. A árvore cresceu absurdamente em pouco tempo, dando grandes frutos. O pajé decidiu que ninguém mais poderia tocar naquela árvore ou em seus frutos, pois ela era sagrada. Caso contrário, desgraças aconteceriam.

No dia seguinte, a árvore apareceu destruída. Ninguém descobriu o culpado, mas a natureza se revoltou com chuvas e trovões, além de insurgir do solo o Monte Roraima, do centro da Terra. As cachoeiras são as lágrimas da montanha. Por sua proximidade com o céu, foi escolhido o nome Roraima (vem de Roro-imã, que significa grande verde azulado na língua Pemón).

O Monte Roraima



Só de o ver na foto, já dá vontade de o conhecer.
É lindo!
Brasil, Venezuela e Guiana são contemplados por esta maravilha da natureza.
Roraima é um dos mais altos planaltos destas regiões, completamente plano.
Muitas lendas e superstições se contam sobre Roraima...

Fonte: obvious

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A "fera" escondida


Um amigo insincero e mau é mais temível que um animal selvagem; a fera pode ferir-lhe o corpo, mas o mau amigo pode lhe ferir a mente.

Buda

A minha alma está ferida...

"Mas qual é o "eu" que sobrevive? Aquele que as pessoas vêem, ou aquele que eu julgo ser? Yukio Mishima

Só o tempo, só ele nos revela o verdadeiro "eu".
Ninguém pode fingir a vida inteira, sem ser desmascarado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Procuro-te

Procuro-te

Procuro a ternura súbita,
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.

Oh, a carícia da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.

Um pássaro e um navio são a mesma coisa
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças,
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.

Ter só dedos e dentes é muito triste:
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.

Porém eu procuro-te.
Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.

Eugénio de Andrade, in "As Palavras Interditas"

domingo, 2 de janeiro de 2011

Crepúsculos




Numa viagem que fiz, durante o regresso.
Captar o Sol a pôr-se é lindo!
Imaginem que a noite aparecia subitamente...perderíamos este presente da natureza.

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sábado, 1 de janeiro de 2011

Memórias de uma Gueixa



O meu pai costumava dizer que a minha irmã era como uma árvore, que se se agarra firmemente à terra como suas raízes.
Eu era como a água, que percorre o caminho sem que nada a detenha. Se encontrar um obstáculo, desvia-se até poder avançar novamente. ( Chiyo)

Os meus sonhos



Os sonhos são um dos doces que fazem parte da ceia desta quadra.
Bolas que crescem e se viram no tacho sozinhas. Quanto mais fofos melhores.
Ontem fiz esta taça cheiinha de sonhos.

Espero que os meus sonhos se tornem tão reais como os desta taça.
A minha vida toma outro sabor, enquanto fantasio...