sábado, 27 de outubro de 2012

Sabor bem português!

 
Quentes e Boas!

   Na Praça da Figueira, ou no Jardim da Estrela, num fogareiro aceso é que ele arde. Ao canto do Outono,à esquina do Inverno, o homem das castanhas é eterno. Não tem eira nem beira, nem guarida, e apregoa como um desafio. É um cartucho pardo a sua vida, e, se não mata a fome, mata o frio. Um carro que se empurra, um chapéu esburacado, no peito uma castanha que não arde. Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado o homem que apregoa ao fim da tarde. Ao pé dum candeeiro acaba o dia, voz rouca com o travo da pobreza. Apregoa pedaços de alegria, e à noite vai dormir com a tristeza. Quem quer quentes e boas, quentinhas? A estalarem cinzentas, na brasa. Quem quer quentes e boas, quentinhas? Quem compra leva mais calor p'ra casa. A mágoa que transporta a miséria ambulante, passeia na cidade o dia inteiro. É como se empurrasse o Outono diante; é como se empurrasse o nevoeiro. Quem sabe a desventura do seu fado? Quem olha para o homem das castanhas? Nunca ninguém pensou que ali ao lado ardem no fogareiro dores tamanhas. Quem quer quentes e boas, quentinhas? A estalarem cinzentas, na brasa. Quem quer quentes e boas, quentinhas? Quem compra leva mais amor p'ra casa.

Letra: Ary dos Santos

Fruto saboroso

Há dias fui presenteada por este fruto. Provei e não consegui parar... mais, mais... agradável o sabor, macio e come-se de uma vez só. Exótico: kiwi anão... nunca tinha provado...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

momento de ouvir

Lindo o som desta guitarra...apetece estar sempre a ouvir...

domingo, 21 de outubro de 2012

Tocante

Condenada por um copo de água

Nem queria acreditar quando li o que aconteceu a Asia Bibi!

  Uma aldeia no centro do Paquistão, perto de Lahore. A temperatura chega aos 40ºC e as mulheres trabalham nos campos. Entre elas está Asia Bibi. Asia tem sede. Ela tira um balde do fundo do poço, despeja um pouco de água numa velha xícara de metal e bebe até ao fim. Enche de novo a xícara e oferece-a a outra mulher a seu lado. É nesse momento que assina a sua sentença de morte. Asia é cristã e a chávena de metal pertence às suas amigas muçulmanas. Ao mergulhar de novo a chávena no balde depois de ter bebido nela, Asia sujou a água. Depressa se começou a falar de blasfémia. Asia é condenada, sentenciada à morte. Por enforcamento. Tudo por um copo de água. Há já dois anos que Asia está na prisão, à espera de ser executada. Quer o governador Salman Taseer quer o ministro para as Minorias Shanbaz Bhatti, que a tentaram ajudar, estão agora mortos - assassinados. Estes acontecimentos chocaram e indignaram o mundo inteiro - o Papa Bento XVI falou publicamente em apoio a Asia e Bhatti chegou a encontrar-se com Hillary Clinton antes da sua morte, para discutir o caso. Hoje, somente o marido e o advogado conseguem vê-la, em condições muito difíceis e apenas através de um ecrã. Nos últimos meses, por detrás das grandes paredes da prisão onde Asia vive em condições sub-humanas, pessoas sem nome (para protegerem a própria segurança) ajudam a passar a sua palavra cá para fora. Asia Bibi está a pedir ajuda. Durante este tempo, e sempre que as condições de segurança o permitiram, cada capítulo do manuscrito foi-lhe apresentado. O texto deste livro contém o seu total acordo e apoio à sua publicação. Este é um relato extraordinário na primeira pessoa, um pedido de ajuda tocante.



 
Não há palavras!
 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

As minhas "trufas"

Ralo a bolacha até ficar em pó. Derreto 125 gramas de manteiga e junto-a à bolacha. Como sou muito gulosa, não podia cá faltar uma lata do maravilhoso (e calórico!) leite condensado. ainda adiciono dez colheres de sopa de chocolate em pó e mais dez de côco ralado. Mexo tudo. Levo um tempinho (pouco) ao frigorífico para ficar mais riginho e mais facilmente moldar as bolinhas. Depois de bem formadinhas passo-as por canela. Adoro o contraste do sabor da canela com o do chocolate! Deliciosas!!!

OS MENINOS DAS ÁRVORES

São crianças, correm livres e soltas, sobem árvores, fazem tropelias e observam atentas o mundo dos adultos ao seu redor sem que demos conta. São de cartão e estão penduradas pela cidade de Barcelona. Vigilantes, apanham os mais desprevenidos de surpresa com o seu ar inocente e brincalhão.