segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Natal de Charlie Brown"

A tristeza do personagem das tirinhas Peanuts é ainda mais visível durante o Natal. Charlie Brown se sente ainda mais triste durante essa época do ano - ele realmente não entende a importância que as pessoas dão a presentes superficiais. Toda a sutileza do humor de Charles Schulz está presente no curta animado "O Natal de Charlie Brown".


Para ajudar Charlie Brown a ficar mais feliz durante esse momento do ano, sua amiga egocêntrica, Lucy, propõe que Charlie seja o diretor da peça de natal que sua turma irá realizar. Desacreditado pelas outras crianças por sempre estragar todas as brincadeiras, Charlie se motiva a dirigir o espetáculo. Enquanto as demais crianças queriam apenas dançar e se divertir, Charlie se empenha na tarefa de conduzir a peça. Na busca de uma caracterização melhor do cenário, Lucy convence Charlie a buscar uma árvore de natal, especificando que quer uma grande e bonita de metal, mas Charlie decide levar uma pequena e frágil, porém viva. As outras crianças ficam inconformadas e constatam que Charlie Brown não consegue fazer nada direito.
A árvore, no entanto, pode representar o que Charlie Brown quer entender do Natal. É muito mais do que aparência, é um sentimento a ser cuidado, cultivado. Não é um produto, um presente. É mais do que uma árvore de metal, por mais bonita que essa seja, é uma árvore de verdade. Por isso a incompreensão do personagem face ao significado que as outras pessoas dão à data, mais superficial do que o depressivo Charlie consegue enxergar na árvore.

  Charlie Brown é um existencialista, e por isso questiona a vida, o amor, o Natal. E por não compreendê-los, pelo menos não da maneira que a maioria das pessoas os compreende, é que se torna mais amargurado. A tristeza de Charlie Brown, assim, não é somente um estado de espírito, mas sim uma parte de sua personalidade.

/obvious





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