segunda-feira, 5 de abril de 2010
Voando sobre um Ninho de Cucos.
Um jovem delinquente que, para escapar a uma pena de trabalhos forçados, resolve fingir-se de doente mental. Quando chega à instituição psiquiátrica onde é internado, começa a confrontar-se com os abusos físicos e psicológicos (na figura das lobotomias) praticados pela calculista enfermeira-chefe Ratched (Fletcher) e resolve desafiar as autoridades, instigando os doentes a rebelarem-se contra os tratamentos pouco ortodoxos da enfermeira. A inusitada temática, aliada a uma excelente interpretação dos actores principais e também de secundários, como William Redfield (no papel de líder do comité dos doentes mentais), Brad Dourif (como Billy Bibbit, um doente mental suicida) e ainda Danny DeVito, saldou-se por uma enorme receita de bilheteira e serviu para alertar a opinião pública americana para questões relacionadas com os Direitos Humanos.
O filme foi adaptado a partir do livro de Ken Kesey - um líder espiritual do movimento hippie -, que baseou a sua obra a partir da sua própria experiência pessoal num hospício. Em 1972, tinha sido levada à cena como peça teatral protagonizada por Kirk Douglas, que comprou os seus direitos cinematográficos, cedendo-os posteriormente ao seu filho Michael Douglas. O êxito da peça não conseguiu interessar os principais estúdios de Hollywood, receosos da delicadeza da temática e da controvérsia que poderia lançar na sociedade americana. Só a United Artists, pela mão de Saul Zaentz, teve coragem para levar o projecto em frente, dando o papel principal a Jack Nicholson, um actor mais novo que Kirk Douglas mas já com experiência na arte de representar. Para conferir maior realismo às cenas, Milos Forman exigiu fazer as gravações no interior de um hospital psiquiátrico. A obra, apesar de incómoda para as autoridades governamentais da época, foi premiada com 5 Óscares nas categorias principais (Filme, Realização, Actor, Actriz e Argumento Adaptado), o que não acontecia desde 1934.
Este foi um dos filmes que eu mais gostei. Que me fez pensar...com um final inesperado.
É preferível ver um amigo morto do que tê-lo como um vegetal, privado de pensar, num vazio completo.
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Há filmes sobre doidos e depois há este filme. O FILME!
ResponderEliminarDo meu top ten... ou não fosse eu também um pouco doido.