sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Che Guevara - Juventude

Aqui tem um ar de "menino bem comportadinho".


Em 1947, a família Guevara fixa a sua residência em Buenos Aires e Ernesto entra na Faculdade de Medicina.
Continua os seus estúdos universitários demostrando um especial interesse pela investigação da asma, alergias, lepra e a teoria sobre a nutrição.

Mais tarde decide viajar...

A visita às minas de cobre de Chuquicamata (Chile) resulta particularmente reveladora, porque em nenhum lugar como aquele haviam chocado com um similar nível de exploração dos trabalhadores, e de discriminação dos nativos em relação aos yankees. A dor da América latina desce nos nervos do estudante argentino: aqui está a realidade neocolonial, descarnada mais do que qualquer livro poderia descrever. Existe uma crónica que o Che escreveu posteriormente a esta primeira viagem, titulada Entendámonos.

Regressa a Buenos Aires decidido em terminar a carreira de medicina. No dia 12 de junho de 1953 recebe o título de médico.

Em julho de 1953, começa a segunda viagem para a América Latina. Nesta ocasião visita Bolívia, Perú, Equador, Colómbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Quando Ernesto percorre os países do litoral pacífico da América do Sul, durante as visitas ás minas de cobre, ás povoações indígenas e às gafarias, onde ele mostra a sua profunda humanidade, vai crescendo sempre maior o seu modo revolucionário de pensar e o seu firme anti-imperialismo.
Na Guatemala conhece Hilda Gadea, com a qual contrai matrimónio no Verão de 1955 e de cuja união nasce Hilda Guevara Gadea.
Durante este mesmo ano de 1955 conhece Fidel Castro.

[...] Em terra azteca voltei a encontrar-me com alguns elementos de 26 de Julho que eu tinha conhecido em Guatemala e fiz amizade com Raul Castro, o irmão mais novo de Fidel. Ele apresentou-me ao chefe do Movimento quando já estavam planeando a invasão de Cuba.[...] Falei com Fidel toda a noite. E ao amanhecer já era o médico da sua futura expedição. Na realidade, depois da experiência vivida através os meus percursos por toda América Latina, não me faltava muito para me incitar a entrar em qualquer revolução contra um tirano, mas Fidel impressionou-me como um homem extraordinário. As coisas mais impossíveis eram as que encarava e resolvia. Tinha uma fé excepcional em que uma vez que tinha saído para Cuba, aí ia chegar. E que uma vez chegado ia lutar. E que lutando, ia ganhar. Dividi o seu optimismo. Tínhamos que fazer, que lutar, que concretizar. Tínhamos de parar de chorar e começar a lutar. E para mostrar ao povo da sua pátria que podiam ter fé nele, porque o que dizia fazia, disse as famosas palavras: "em '56 seremos livres ou seremos mártires", e anunciou que antes de terminar o ano ia desembarcar num lugar de Cuba à frente do seu exército.No dia 31 de dezembro de 1958 é o triunfo da Revolução

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