sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Momento de sonhar...

" A vida é tecida como o linho: um fio de dor, um fio de ternura.
Eu intrometo-lhe sempre um fio de sonho..."

Raul Brandão



Desejo a todos os amigos que me visitam um Bom Ano!
E... que nunca deixem de sonhar.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010



O "meu" gato é livre!
Só vem até nós quando lhe apetece. Ele é que dita as regras.
A Margarida comprou um presente de Natal para ele: uma coleira azul clarinha, com um sininho na ponta (agora até os gatos têm prendas!)

Quase que nem se via no meio de tanto pêlo branco. Não gostei muito da ideia e ele também. Vi os esforços dele a tentar livrar-se dela. Se não fosse a fivela ele arrancava-a mesmo! Deu voltas e reviravoltas.
Não aguentei mais vê-lo assim e ajudei-o a libertar-se.

Ninguém possui ninguém


No amor ninguém pode machucar ninguém; cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.

Paulo Coelho

O Patinho Feio



Neste Natal veio-mo à memória os contos de Hans Christian Andersen. Talvez por ter um amigo que está a passar esta quadra na Dinamarca ou pelo calor da lareira que nos traz estas lembranças. Lia muitos dos seus contos, durante as férias de Natal, quando era miúda. O que mais gostava era o do Patinho Feio...

Um filhote de cisne é chocado no ninho de uma pata. Por ser diferente de seus irmãos, o pobre é perseguido, ofendido e maltratado por todos os patos e galinhas do terreiro.

Um dia, cansado de tanta humilhação, ele foge do ninho. Durante sua jornada, ele para em vários lugares, mas é mal recebido em todas. O pobrezinho ainda tem de agüentar o frio do Inverno.

Mas, quando finalmente chega a Primavera, ele abre suas asas e se une a um majestoso bando de cisnes, sendo então reconhecido como o mais belo de todos.


É muito bonito ver alguém a se transformar num "Belo Patinho"!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal em Espanha


A COMIDA DO DIA DE NATAL

No dia de Natal se reúne toda a família (avós, tios, primos, etc) todos com suas melhores roupas e a refeição é servida com pompa e circunstância.
Com respeito ao menu, varia de região para região, mas em Aragão, por exemplo, a tradição manda servir cordeiro assado além de mariscos e aves.
Em Valência, o típico é o caldo com pelotas e tronco de Natal como sobremesa.


O DIA DOS INOCENTES

As crianças saem à rua pedindo Aguinaldo (doces e moedas) de um jeito parecido com a festa de Hallowen ou Cosme e Damião no Brasil. No Dia dos Inocentes, é permitido mentir e passar trotes.

OS REIS MAGOS
O Dia dedicado aos meninos é o seis de Janeiro, que já começa na Noite de Reis, 5 de Janeiro, as crianças costumam deixar água nas janelas para dar de beber aos camelos dos reis, depois vão dormir cedinho e muitas vezes os pais se vestem de reis para de madrugada surpreender os filhos. Na manhã seguinte, os presentes estão no aparador e buscam-nos inclusive na casa dos tios e avós. No dia 6, costuma-se comprar uma Rosca de Reis, que é uma torta com uma prenda dentro, parte-se em porções e quem achar sabe que terá um ano feliz.

O "meu" sapatinho

Poderia começar a escrever...Era uma vez uma menina que tinha muita imaginação e que acreditava no Menino Jesus.
Nunca tinha ouvido falar no Pai Natal. Esse só conheceu anos mais tarde.
Vivia esta época sonhando com a prendinha que o Menino Jesus lhe colocaria no sapatinho. Quase que não tinha prendas , não pedia, nem dizia o que queria! Só queria uma, nem que fosse pequenina.

No dia 24, colocava o sapatinho debaixo da chaminé, juntamente com o da irmã.
O outro par colocava em casa do avô.

A noite era comprida e vivida com ansiedade de quem acredita mesmo!

Esse encantamento já passou. Agora já todos sabem que prenda vão ter e fazem uma lista enorme de presentes caros e mimados. Quase que me atrevia a dizer: "exigem" o seu presente como um direito.

E, o Menino jesus foi substituído pela figura de um velho com barbas brancas e barrigudo.

Rabanadas douradas

Preparam-se em ovos-moles as 16 gemas com 16 colheres de sopa de açúcar. Estes ovos moles não devem ficar muito espessos. Com o restante açúcar (500 g menos as 16 colheres) e um copo de água faz-se uma calda fraca.
Corta-se em fatias o pão, que deve ser de véspera, e passam-se estas, primeiro pela calda de açúcar, escorrem-se, e depois pelos ovos-moles.
À medida que se preparam vão-se colocando as fatias douradas numa travessa. Polvilham-se com canela e espalha-se por cima a casca de limão tirada muito fina (apenas o vidrado) e cortada em tirinhas).

Estas não são as que costume fazer. Faço as de calda de vinho tinto que adoro!

Tanto umas , como outras, tirei a receita do livro da Maria de Lourdes Modesto "Cozinha Tradicional Portuguesa"

A rainha dos doces da consoada


Nesta quadra natalícia não há mesa onde não entre as rabanadas. Passadas em calda de açúcar, leite, vinho ou ovos moles, lá estão elas a perpetuar esta tradição.

As rabanadas nasceram de restos de pão duro que a maioria das pessoas deitava fora.
É um doce de origem portuguesa. Da região do Minho, onde são passadas por uma calda de vinho verde, claro, ou não fosse este vinho o ex-líbris desta região.

Cada lugar de Portugal tem sua receita própria - rabanada dourada, rabanadas do convento, rabanadas fidalgas, rabanadas de vinho.

Passamos a chamá-la de "Fatia de Parida" - ou, mais simplesmente, "Fatia-parida". Por sustentar à mulher, depois do parto.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Império do Sol


O filme relata a história de um garoto inglês de onze anos de idade, que vive na cidade chinesa de Xangai com a sua família na aparente segurança do bairro diplomático. Com a invasão da China pelo Japão, em plena Segunda Guerra Mundial, no meio da confusão da multidão em fuga ele separa-se dos pais e acaba por ir parar a um campo de concentração japonês onde, para sobreviver, se vê obrigado a desenvolver uma série de artimanhas que vão das transações num improvisado mercado negro de alimentos e objectos pessoais à mediação de conflitos com os soldados japoneses. Ao lado do campo de prisioneiros ocidentais existe uma pista de onde descolam "zeros" para as missões suicidas.
Quando os aliados bombardeiam o aérodromo militar os guardas do campo vingam-se nos prisioneiros partindo os vidros das camaratas. Quando os japoneses se preparam para atacar os doentes da enfermaria o médico interpõe-se arriscando a própria vida que é salva pela intervenção do miúdo. A derrota do Japão aproxima-se, o campo é evacuado e os prisioneiros levados para Norte onde se pensa existirem alimentos.
No caminho a mulher que protegeu o rapaz morre no momento em que se avista o clarão das explosões de Hiroshima e Nagasaki.
No final o rapaz é encontrado pelos pais num orfanato para crianças ocidentais.


Incrível! Como uma criança pode criar auto-defesa e se adapta a uma realidade cruel.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Perfume de mulher



Um dos meus filmes favoritos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Hermann Hesse

Ninguém pode ver

nem compreender nos outros

o que ele próprio não tiver vivido.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quem foi?


Quem foi Vivaldi?
Sacerdote, compositor, violinista, professor ou, simplesmente, o homem?

Os genes estavam-lhe no sangue. Herdou de seu pai, barbeiro de profissão, o gosto pela música. Este músico italiano começou por ser padre, mas de padre não tinha nada, pois nunca rezou uma missa. A asma desculpou-o.

Voltou-se, então, para o ensino de violino num orfanato de moças chamado "Ospedale della Pietá", em Veneza. AS crianças amavam-no e foi para elas que compôs a maioria dos seus concertos.
Foi no teatro de Santo Ângelo que apresentou as suas primeiras óperas e alguns concertos:"Outtone in villa" e "Orlando Furioso". Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", sua obra mais conhecida.

Também foi homem, com paixões e desejos, proibidos a um sacerdote.
Um dos seus casos amorosos mais conhecido foi o que teve com a cantora Anna Giraud,sua aluna, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as às capacidades vocais de sua amante.

Bem haja este homem que nos deixou músicas lindíssimas e que foi capaz de romper com os falsos moralismos da época! Que foi capaz de compor música, apreciada pelo público geral, e não só por uma minoria intelectual.

A alegria dos seus trabalhos revela alegria de compor.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eternamente belo



Nada como ouvir num dia chuvoso esta belíssima música.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Tristes destinos os das "nossas" rainhas...



“Apesar de ter sido trazida da Áustria já há dois anos, especialmente para gerar o sucessor ao trono de D. João V, rei de Portugal, a rainha D. Maria Ana Josefa parece não conseguir engravidar. Sendo o rei um símbolo de virilidade, ela é quem é considerada infértil e, consequentemente, a única culpada pelo facto de o rei ainda não ter tido herdeiros. Quando, ao cair da noite, o rei se prepara para ir ao quarto da rainha para mais uma tentativa, chega ao palácio D. Nuno da Cunha, bispo inquisidor, acompanhado de um velho frade franciscano, António de S. José, que propõe uma solução para o problema do rei. Diz o frade que a rainha engravidaria assim que o rei prometesse construir um convento para os frades da ordem dos franciscanos na vila de Mafra . Feita a promessa, o casal real vai finalmente para o quarto.
Depois de consumado o acto sexual, rei e rainha dormem e sonham cada um com seus próprios desejos, suas diferentes fantasias : ela sonha que tem um encontro amoroso com seu cunhado, o Infante D. Francisco, enquanto o rei sonha que seu pénis está se transformando em árvore e, logo em seguida, em colunas do convento que ele prometera construir para os franciscanos …”
Memorial do Convento (José Saramago)

Tudo branquinho...




Tenho o hábito de ao acordar, abrir a janeia do meu quarto.
Deparei com as ervas todas branquinhas e as folhas dos arbustos derrubadas com o peso da geada.

Nesta altura do ano, as árvores que já considero "minhas", pois fazem parte da minha paisagem, vestem-se de outras cores. Tenho um receio: um dia elas serem derrubadas e já não me apetecer abrir a janela do meu quarto...

Registei este momento.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Liberdade guiando o povo


A Liberdade simbolizada na figura semi-nua da mulher.
Esta imagem é linda!

A Revolução Francesa não poderia estar melhor representada.
A palavra é feminina.´O símbolo é feminino.