quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Gosto delas...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Cai neve no meu blogue
Mesmo na noite de Natal!
Cai neve branca e a Natureza gela. Um pequenino vende cautelas.
São doze mil contos!...
E continua apregoando a sorte-a sorte que lhe falta.
- Doze mil contos! Pró Natal, pró Natal!
E a noite de Natal cai, dançando com a neve que cai misturada com um pouco de frio, escuridão, tristeza...
" E enquanto eu vendo cautelas as outras pessoas vão correndo para comprar os presentes de Natal dos filhos. Entretanto, eu estou aqui vendendo a sorte grande para os outros, quando sou eu que preciso dela". E continua:
- São doze mil contos!
Obrigado, senhor, e boa sorte.
-Bom Natal!
E a neve cai branca, acompanhada de um pouco de tristeza, solidão, frio.
A caminho de casa vai olhando para as montras e pensa.
"Quem me dera ter isto. Mas se eu vendo a sorte , que hei-de fazer? Agora o que importa é chegar a casa e dizer que já arranjei dinheiro para os medicamentos. E este Natal ainda vai ser pior..."
E com isto, chegou a casa. Deixou a neve branca e triste...Como de costume, o pão com sopa e ajoelhou-se e rezou, rezou, e depois desejou um Bom Natal e Boa Noite e deitou-se.
É assim todos os anos o Natal deste menino pobre que vende a sorte grande e fica sem ela. Mesmo na Noite de Natal!
António Jaime Carvalho Esteves
(conto adaptado)
Gosto muito deste conto. Por várias razões. Foi escrito por um menino da idade dos meus alunos e por me trazer recordações.
Estava eu a dar aulas na Madeira, no meu primeiro ano como professora. E este foi o primeiro conto que coloquei no teste de Português, por altura do Natal. Lembro-me que os miúdos fizeram uma área vocabular sobre o assunto-Natal.
Guardei religiosamente este meu primeiro teste do final do período. Hoje tirei uma foto à imagem que vêem e que não está muito nítida. O teste já se encontra meio apagado pelo tempo...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Receita para um sorriso...triste
Tinha pensado no "manjar dos deuses" ou "uma delícia única"...e outros.
Foi num almoço oferecido pelos meus grandes amigos, num momento difícil da minha vida, há seis anos atrás, que comi o melhor leitão . Este leitão tinha um sabor especial:o do carinho e da amizade de quem me recebeu.
Lembro-me perfeitamente de ver o pai do meu amigo a assá-lo e a explicar-me como se se fazia. Num forno a lenha (coisa rara nos tempos de hoje , pois agora são cozinhados em fornos diferentes), empalado num espeto de madeira e não de metal (o sabor ainda fica melhor), temperado com uma pasta de pimenta, alho e sal e barrado por dentro. A barriguinha do leitão foi cosida com uma linha grossa. Cosido o leitão e não cozido em água, como muitos o fazem, antes da assadura, o que faz perder a qualidade toda.No final foi regada a barriga com vinho branco.
Acompanhamos com as batatas fritas feitas pelo meu amigo Amadeu e não pelas "pala-pala" como se faz em muitos restaurantes.
Para que haja um bom leitão, não basta um bom tempero e um bom forno, mas o gosto e o carinho de quem o assa.
Este almoço fez-me sorrir...
sábado, 26 de dezembro de 2009
O "Fiel Amigo"
Esta é a imagem tipicamente portuguesa do que resta das mercearias das grandes cidades. Tirei esta foto, numa rua perto da Torre dos Clérigos, no Porto.
O bacalhau pendurado não podia faltar, pois é nesta época que os portugueses mais se sentam à mesa com o "fiel amigo".
Ele é rei na maioria das casas portuguesas, tanto no prato do rico como no do pobre, mas é no norte que é mais apreciado.
A mesa da noite de consoada fica linda! Os enfeites, a toalha mais bonita, as velas, a mistura do colorido das rabanadas, dos bilharacos, da aletria, dos sonhos...mas, o lugar do rei está reservado ao bacalhau.
No outro dia ele continua, mas agora tranformado num prato que eu tanto gosto - a "Roupa Velha".
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
A Ceia de Natal da minha mãe
Hoje quis que a minha mãe recordasse a ceia de Natal há mais de sessenta anos, altura em que ela teria 10 ou 12 anos.
A família era grande, como quase todas as famílias da altura. Minha mãe tem seis irmãos.
Acendiam a lareira. Numa panela de ferro onde minha avó cozia o bacalhau, as batatas e as couves.
Já na mesa, a meio, numa travessa grande era servida a ceia. Todos comiam da mesma travessa e cada um fazia as "minas". Debaixo das couves procuravam as batatas, espetando com o garfo.
Para sobremesa havia os "ovos mexidos" e a "aletria".
Minha mãe não se lembra de outras doçarias.
Foi bom ouvi-la e recordar...
Natal nas ilhas
O famoso bolo de mel é exemplo de como o povo madeirense vive com entusiasmo a quadra natalícia. A 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, o bolo é preparado com mel, manteiga, nozes e amêndoas, vinho da Madeira, erva-doce e canela, entre outros ingredientes, para estar pronto a consumir no dia de Natal. Enquanto se prepara, come-se um bolo que sobrou, simbolicamente, do ano anterior. A ementa natalícia no arquipélago é ainda composta por queijo, licor, genebra, anonas e bananas, além da carne de porco temperada em vinha-d’alhos.
Nos Açores, os figos vindos do Algarve, o bolo de massa sovada, os vinhos e licores juntam-se à canja de galinha, à galinha assada e guisada, à sopa de carne, ao cozido regional, à carne assada de vaca e de porco e ao arroz doce, fatias douradas, bolos secos e toda a variedade de doces para festejar o Natal. Entretanto, o povo anda de casa em casa a admirar o presépio de cada família. Outro costume é dar a provar os licores caseiros, carinhosamente chamados de “mijinho do Menino” ou “chichi do Menino”.
Com Rei ou sem Rei
O Bolo-Rei surgiu na França de Luís XIV, não resistindo aos calores anti-monárquicos da Revolução Francesa de 1879.
Mas...os inspirados pasteleiros franceses "trocaram as voltas" aos revolucionários e deram-lhe outro nome "gâteau des sans-culottes", garantindo-lhe desta forma a sua existência.
Também em Portugal, o Bolo-Rei introduzido no final do séc.XIX viu, com a proclamação da República em 1910, a sua existência ameaçada.
Os pasteleiros portugueses, seguindo o estratagema francês, deram o nome ao velhinho Bolo-Rei, passando a chamar-lhe "bolo-presidente" e "bolo-Arriaga", nome do primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga.
FELIZ NATAL...com rei ou sem rei.
A Fava, o Brinde e o Bolo-Rei
Dentro do enorme bolo-rei encomendado para a noite de Natal as coisas estavam muito longe de correr bem. Porquê? Porque a fava e o brinde tinham passado da fase de amuo à de corte de relações devido às discussões antigas que sempre houvera entre ambos.
A fava entendia que o seu papel era, há muito, desvalorizado, fazendo ela, as mais das vezes, o papel de má da fita. Sempre que alguém partia um dente a trincar uma fatia ou ficava incomodado por não lhe ter saído o brinde, mesmo que ele fosse insignificante, o comentário costumava ser:
— Maldita fava, que não está aqui a fazer nada, que só causa problemas e que, ainda por cima, nem serve para ser comida.
Por isso, a fava exigira já ao pasteleiro que a embelezasse, revestindo-a, por exemplo, de chocolate, o que sempre poderia torná-la mais apetecível e menos desprezada. Mas o pasteleiro recusara-se a fazê-lo, em nome de uma velha tradição de que se sentia guardião.
Por sua vez, o brinde, que se encontrava numa posição favorável, sendo sempre o mais procurado no bolo-rei, juntamente com algumas frutas cristalizadas, achava que aquilo que se gastava com a compra bem podia ser aplicado na melhoria da sua qualidade. Queria, por exemplo, deixar de ser feito em metal barato, do género que escurece e enferruja rapidamente, e passar a ser feito em prata, o que lhe daria o direito de não ser atirado para o fundo de uma caixa esquecida num sótão, ou mesmo para o caixote do lixo.
Em relação a esta exigência também o pasteleiro não se mostrava disposto a ceder, afirmando, por exemplo:
— Se eu fizesse o que me pedes, o brinde sairia muito mais caro do que o bolo-rei.
Eram estes problemas que se encontravam na origem das discussões e dos conflitos a que o pasteleiro se sentia incapaz de pôr termo. Por isso pediu a intervenção da Fada do Natal, com o objectivo de a levar a pôr um pouco de bom senso nas cabeças da fava e do brinde.
A Fada do Natal apareceu na cozinha sem aviso e encontrou a fava e o brinde muito amuados, cada um para seu canto, recusando-se a entrar naquele bolo-rei e, por sua vez, o pasteleiro desesperado a desabafar:
— Se eles se recusarem a colaborar, eu não poderei satisfazer a minha encomenda e, assim, uma família grande passará a noite de Natal sem o bolo-rei que tanto deseja.
Ao escutar esta queixa, a Fada do Natal tomou uma decisão inesperada: puxou da sua varinha mágica e transformou o brinde em fava e a fava em brinde, medida que deixou ambos completamente confusos e sem saberem o que haviam de dizer.
Aproveitando o silêncio da fava que agora era brinde e do brinde que agora era fava, o pasteleiro pôs os dois dentro do bolo-rei, ainda em fase de massa mole, e meteu-o dentro do forno. De lá de dentro saíam vozinhas dizendo coisas do género: “Mas que grande confusão. Ainda há pouco tinha forma de fava e agora olho para mim e vejo um brinde prateado” ou “ando eu a pedir para me fazerem em prata e agora não passo de uma rija e triste fava”.
O pasteleiro sentiu uma grande vontade de rir com a confusão que a sua amiga Fada do Natal acabara de criar para o ajudar e por achar inútil toda aquela discussão que prometia arrastar-se para além do que era razoável.
— Obrigado, Fada do Natal, pela preciosa ajuda que me deste. O que posso agora fazer para te compensar? — disse o pasteleiro.
— É simples. Faz chegar o bolo-rei ao seu destino, para que aqueles que o esperam não sejam prejudicados e, se tiveres outros bolos-reis que ninguém tenha comprado, fá-los chegar às mãos daqueles que não têm casa nem família — respondeu a Fada do Natal.
— Então a fava e o brinde?
— Ficarão assim até perceberem que, vistas do outro lado, as coisas são sempre diferentes do que imaginámos. Talvez assim se acalmem e deixem de te causar problemas inúteis.
José Jorge Letria
A Árvore das Histórias de Natal
Já não existem "fadas do lar"...
Mas mesmo assim não quero deixar de vos enviar uma receita de Bolo-Rei.
Ingredientes
Manteiga: 130 gr
Açúcar: 130 gr
Farinha: 500 gr
Fermento: 15 gr
Ovo: 3
Leite: 2 dl
Vinho do Porto: 2 colheres de sopa
Aguardente velha: 2 colheres de sopa
Fruta cristalizada variada: q.b.
Amêndoa: q.b.
Noz: q.b.
Pinhão: q.b.
Preparação
Num pouco de leite frio dissolva o fermento e adicione a farinha. Junte todos os ingredientes, excepto as frutas cristalizadas e os frutos secos, e amasse bem. Quando a massa começar a fazer bolhas, sinal de estar bem batida, juntam-se as frutas cristalizadas e os frutos secos. Tende-se a massa em forma de rosca, colocando em recipiente com buraco no meio, depois de bem untado com manteiga. Deixa-se descansar durante umas horas. Pincela-se com gema de ovo e colocam-se mais algumas frutas cristalizadas por cima. Coze-se em forno médio até ficar dourado.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Em cima da mesinha de cabeceira
Todos nós temos objectos que gostamos em cima da mesinha de cabeceira.
Um livro, uma foto...algo que nos diz alguma coisa, que nos caracteriza.
Quando eu andava no liceu tinha na minha mesinha, junto ao candeeiro, umas bailarinas de porcelana,pequeninas e delicadas. Deliciava-me a olhar para elas, de várias cores, com o cabelo preso e uma perna levantada ou debaixo da saia. Eram uma gracinha! Fazia colecção e dei-lhes um nome: "Zézés".
Um dia um amigo quis oferecer-me uma e levou-me a uma casa, a Vidreira, junto à sapataria Moreira, que hoje já não existe.
O caricato da situação é que quando apontou para a boneca chamou-lhe "Zézé".Rimos todos.
Hoje, tenho estes dois objectos pequeninos, delicados, como eu gosto e, que me foram oferecidos por alguém que sinto muito carinho.
Era uma vez uma pedra...
Era uma vez uma pedra, e dela brotou uma ilha-Tonga.
Tonga é a única monarquia da Polinésia. Um arquipélago constituído por 170 ilhas cobertas de matas tropicais.Para ser mais precisa, não muito longe da Nova Zelândia.
O viajante que chega a Tonga depara-se com uma paisagem única de escarpados rochedos, um mar cristalino recheado de corais e grutas fascinantes.
O carácter independente e nativo deste reino constitui um atractivo em si mesmo.
O palácio do rei, em Nuku'Alofa, junto ao mar, tem um ar arrogante e orgulhoso.
Estas ilhas são apelidadas de amigáveis e quem lá for não pode deixar de saborear o "Kava", bebida que os tonganeses usam nos encontros sociais e religiosos.
Mas cuidado! A língua fica adormecida...
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Olhar e ver para além da fotografia
Esta imagem transmite-me uma sensação que vai para além do que se vê...
Gosto de olhar para ela.
Aprendi a gostar de fotografia, mesmo aquelas,que para muitos, são consideradas vulgares.
Depende da forma como sê vê.Gosto de captar flores que nascem espontâneas, pequeninas, em qualquer sítio, num silvado, numa duna de areia, solitárias...
Como um dia disse,as fotos trazem-nos momentos, recordações ...
Chegar ao coração de um povo
Nos anos 50, um jovem missionário que embarca numa longa viagem, juntamente com os nativos de ilha Tongan. Deixa para trás a sua noiva e sua família.
Ao longo da sua viagem, ele escreve cartas para a sua noiva, relatando suas aventuras para sobreviver em terra desconhecida. Ao mesmo tempo faz amigos nos três anos que passa longe de casa...
O Espírito Natalício...
Em família, tudo preparado ao pormenor, o cheiro a fritos, a minha mãe de volta do fogão (ainda continua),a alegria na cozinha...
Mas o mais triste é que eu tenho vindo a dessensibilizar-me desta data.
Não sou religiosa ,mas mesmo assim ,sinto-me decepcionada,com a transformação desta quadra. Muitos nem lembram o nascimento de Jesus.
Recordo com saudade , o dia 25, em que me juntava com as minhas primas e perguntávamos:"O que é que o Menino Jesus te trouxe?"
Agora só ouço falar do Pai Natal, das prendas...
A minha perspectiva em relação a esta data que se transformou numa quadra superficial, consumista, já não faz sentido.
Continuo a dar muito valor à união da família, mas essa faço-a todos os Domingos, sem ser necessário o dia 25.
O espírito natalício não vai ser mais recuperado...
domingo, 13 de dezembro de 2009
O Barco Rabelo
Ao descer o rio, os Rabelos traziam o vinho do Douro até Vila Nova de Gaia.
O deslizar do barco Rabelo é solene, majestoso. Podemos dizer que é bizarro, na simplicidade das suas cores.Decorado com o nome de santo protector, pois não era fácil navegar pelo Douro.
Alguém disse um dia que o Rabelo colaborou com a prosperidade duriense, é o brasão de armas da região, símbolo de uma região única no mundo.
Hoje, os Rabelos são utilizados em regatas e passeios no rio que recordam os seus tempos de glória.
O Crepúsculo Místico
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Tudo na vida tem os seus momentos, até as músicas
Aqui vai uma música que tenho ouvido muito ultimamente, em especial, esta semana.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Carpe Diem
Este filme convida-nos a resgatar emoções tantas vezes caladas em nome de uma sociedade instituída.
O Clube dos Poetas Mortos mostra as relações de um professor com uma turma cheia de sonhos e vontade de viver intensamente. Com o seu talento e sabedoria este professor inspirou os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias.
"carpe Diem" (aproveite o dia), cujo sentido é: aproveite, goze a vida, ela dura pouco, é muito breve.
Como cativar os meus alunos.
Vou dar-lhe outro nome: "Como cativar os meus alunos".
"Aprendi" que fazer com que os alunos gostem do que ouvem recorrendo às novas tecnologias, não é tarefa difícil. O difícil é cativar os nossos alunos, "revolucionando " o que se ensina e ter com eles um bom relacionamento. Aqui recordo o filme que mais me marcou , daí que o colocasse no meu perfil.
A escola deve estar preocupada, mais do que ensinar, em fazer com que o aluno aprenda a pensar e que goste do que ouve.
Ontem...o que mais gostei (ali coloquei-me no papel dos meus alunos, eu era mais um) foi de ouvir que é preciso gostar do que se faz...só se aperfeiçoando se melhora ...deixamos de ser mestres...e claro, adorei ouvir a música de Caetano Veloso .
Parabéns aos convidados que com algum brilho me prenderam a atenção, outros (desculpem a minha sinceridade) fizeram com que eu "desligasse" por alguns momentos.
Peço desculpa também aos meus alunos quando, por vezes, os faço "desligar" do que estou a dizer.
Como cativar os meus alunos...penso nisto e procuro isso.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Como me divertia ao lê-la
Sempre simpatizei com esta personagem.E como me divertia ao ler as tiras de
banda desenhada!
Gostava tanto dela, que um dia me foi oferecido "toda a MAFALDA".
Li da primeira à última tira.E guardo-a religiosamente na estante que fica ao subir das escadas.
Hoje apeteceu-me ir buscá-la. Folheei e li algumas páginas já amarelecidas com o tempo.
Mas ela ainda continua bem actual quando diz: "quero felicitar os países que dirigem a política Mundial" e logo depois reflecte e volta atrás... "espero ter alguma vez motivos para isso".
O bode espiatório
domingo, 29 de novembro de 2009
As "doçuras" da amora
Gostar de coisas simples
Nem sei porquê.
Muito gostava eu, naquela altura, de percorrer os campos dos meus avós maternos, quando os dias começavam a aquecer e debruçar-me sobre os combros (este termo é pouco usado actualmente), à procura de morangos. Eram pequeninos e docinhos. Cuidadosamente, enfiava-os num "fio" de uma flor. Às vezes algum partia e logo ali o comia.
Chegava a casa e empoleirava-me num banco, para chegar ao armário onde a minha avó guardava as malgas (eram umas malgas enormes, onde se comia a sopa). Esmagava os moranguinhos com o açúcar até a malga ficar tingida de vermelho e deliciava-me a comê-los.
Isto é aquilo que eu costumo pensar: "ser feliz com coisas simples da vida".
Quem quer casar com Catarina?
O tesouro por descobrir
Ao olhar para esta imagem dá-me vontade de voar até lá...
Portugal parece ter ainda muitos tesouros por descobrir.
Um deles é o chá Gorreana que muitos portugueses nunca ouviram falar. Esta apreciada bebida cultivada na ilha de S. Miguel, foi durante muitos anos a única plantação de chá na Europa.
A história da introdução do chá em S. Miguel, confunde-se com a vida das famílias micaelenses.
O chá aparece na ilha pelas mãos de Jacinto Leite, por volta de 1820, que traz as sementes do Brasil. O seu cultivo foi depois incentivado, como resposta à crise da laranja. Daí que viessem dois chineses, em 1878, para S.Miguel e trouxeram umas sementes para a plantação e ensinaram as complexas tarefas da sua preparação.
Se me permitirem o meu conselho...
A seguir a uma grande festança e comida farta, bebam chá verde que é muito digestivo.
O chá, a beleza e satisfação...
o chá quando, numa das suas longas viagens, se sentou debaixo de um arbusto a beber água quente, ideal para matar a sede. As folhas, por acaso, cairam na água e deram um sabor e aroma especial que deliciou o imperador.
Para os chineses o chá está associado à beleza, pelo ritual da sua preparação, pela satisfação e paz que provoca...
Um dos hábitos, mais tipicamente britânicos é o "chá das cinco" acompanhado com scones.
Contrariamente aos ingleses (como eu gosto de ser diferente dos ingleses!!), gosto de o tomar a qualquer hora do dia e, à noite, antes de adormecer, não abdico do meu chá "noites tranquilas".
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Estes são os "inúteis"...
Estes são aqueles a quem Miguel Sousa Tavares apelidou de "inúteis".
Parabéns à escola,professores e alunos.
Fondue, uma palavra feminina
Gostei ainda de saber que "a fondue" significa queijo fundido ou derretido.
Originário da Suíça Francesa, conta-se que no século XVIII moradores dos Alpes Suíços tiveram uma superprodução de queijo que endureceu com o Inverno.
Para evitar a perda e conservá-los, derreteram o excesso produzido e acrescentaram Kirsh (bebida alcoólica de cereja produzida ali). Enquanto preparavam iam provando com pão para determinar o tempero.
O prato foi adaptado e hoje há uma variedade enorme de fondues, com vários tipos de queijo, chocolates e cremes.
Fondue, um sabor especial de amizade
Quem já resistiu?
domingo, 22 de novembro de 2009
A árvore que sobreviveu a Hiroshima
Quando a bomba foi lançada sobre a cidade de Hiroshima, em 1945, foram poucos os seres vivos
que resistiram ao impacto da explosão. Entre eles, encontravam-se quatro árvores da espécie "Ginkgo biloba". Embora tenham ficado queimadas, recuperaram, e podem ser vistas ainda hoje na cidade.
Faz-nos pensar...
A natureza contraria o que o Homem faz.
Momentos e olhares
perduram na nossa memória e fazem de nós o que somos, olhares, vivências, recordações e
saudade...
sábado, 21 de novembro de 2009
Esta não é a minha escola
SEMENTES DE VIOLÊNCIA
Richard Dadier, quer ajudar a mudar o seu pequeno canto do mundo. Alguns acham que é uma causa perdida.
Dadier é o novo professor de uma escola secundária, num bairro degradado da cidade, onde tensões raciais, violência, gangs e apatia são o pão nosso de cada dia.
O professor não desiste dos seus ideais e paga um preço alto no seu confronto com os adolescentes problemáticos.
Este filme revela a relação, muitas vezes conflituosa, entre professores e alunos. E seria desejável que o Ministério da Educação o visse.Talvez assim valorizassem mais a dedicação e esforço dos professores e, em muitos casos , a luta que muitos enfrentam todos os dias.
É um tema bem actual, pois a violência verbal e física na escola, tem vindo a aumentar de ano para ano (é uma violência que passa por toda a comunidade escolar).
As escolas, na sua maior parte das vezes, nem sabem que medidas devem tomar para evitar este problema.
Ainda em relação ao filme "Sementes de violência".
Sinto-me feliz porque não me revejo nesta escola.
Estes não são os meus alunos.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Uma relação perfeita - Vinho do Porto e amêndoa
A arte de fazer doces costumava acompanhar a linha feminina.
Mas...com o passar dos tempos, o homem conseguiu, finalmente, libertar-se e passou a "dominar" a cozinha,com intensidade, emoção...
Bolo de amêndoa com um toque de vinho do Porto
Bata 300 gr. de açúcar com 8 gemas até ficar um creme fofo. Em seguida bata as claras em castelo. Misture-as ao preparado, suavemente, com 400 gr. de miolo de amêndoa picado, 4 colheres de sopa de pão ralado e um bom cálice de vinho do Porto.
Está pronto a ir ao forno.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Para uma noite fria de Inverno
...Chocolate!
Um livro à nossa espera!
Viviane é uma mulher fora do comum. Ela e sua filha Anouk mudam-se para uma pequena aldeia do interior de França, muito conservadora.
Lá tem a "ousadia" de abrir uma loja de chocolates, ao lado da igreja.
E, através das suas receitas únicas, ela descobre o mais íntimo desejo de cada pessoa.
A loja de chocolates de Viviane é um apelo à sedução dos sabores...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
A Missão
Fazem-me muitas perguntas ...
"e os índios vão morrer todos?" " e as crianças?" " e os missionários que vão fazer?"
Os seus comentários espontâneos, mostram claramente que estão contra os europeus e a favor dos indíos.
Também há risos pelo meio, quando vêem a nudez dos nativos.
Na parte final do filme ficam "tocados " com as crianças que, sozinhas, vão pelo rio acima, remando para a floresta...
domingo, 15 de novembro de 2009
Apanha da amêndoa
Tempo de amizade
Em Outubro, rumámos para o Norte, em direcção a Arnozelo.
Era a minha primeira experiência em apanhar amêndoa.
Adorei! Adorei! Adorei!
Entre risos e conversas, lá varejamos a amêndoa...
Foi um tempo de amizade que fica nas minhas lembranças.
O meu amigo J. ensinou-nos o que era "britar" a amêndoa.
Antigamente, partia-se a amêndoa com uma barra de ferro ou martelo.
Dava-se uma ou duas pancadas secas na amêndoa, colocada numa pedra de granito , até partir a casca.
sábado, 14 de novembro de 2009
Um momento mudou a sua vida
Um momento mudou a sua vida...
Ama o seu irmão mais novo, Filipe, mas este mantém uma ligação secreta com a sua noiva Carlotta. Ela se apaixonou por Filipe.
A descoberta deste amor secreto leva-o a um duelo com o irmão ,onde o mata.
O remorso leva-o a juntar-se aos Jesuítas, nas florestas brasileiras. Lá, ele fará tudo para defender os índios que antes escravizara.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Da janela do meu quarto...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Castanhas misturadas com abraços de amizade
terça-feira, 10 de novembro de 2009
E quem não é?
E quem não é?
o meu "bolinha"
Ainda me lembro. Fui buscá-lo a Estarreja e vinha numa caixinha de sapatos, carinhosamente aconchegado em papéis pequeninos. A caixa tinha uns furinhos para respirar. Fazia calor e não podia demorar muito com ele na mala do carro.
Nesse dia ainda houve uma pequena "discussão", cá em casa, por causa da escolha do nome.
Gosta de arranhar pernas, mas também é meiguinho.Quando quer!
Digam lá se não é fofinho!
Alunos, conversas, explicar milhentas vezes, mandar calar,...trabalho e
trabalho e mais trabalho.
Trabalho!? A escola faz-me bem e como diz o meu amigo L.F "vou dar-te mais
umas aulitas de Apoio, pois tu até gostas de almoçar cá. "
E pronto, lá se vai mais uma tarde livre.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
petit gâteau
Aqui vai a receita
Ingredientes:
200 gr de chocolate meio amargo
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1/4 de chávena(chá) de açúcar
2 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
2 ovos inteiros (tirar a pelinha das gemas)
2 gemas
Modo de Preparar:
Aqueça o forno em temperatura média.
Unte forminhas (de empada) de 7 cm de diâmetro, enfarinhe e reserve.
Bata os ovos, as gemas e o açúcar na batedeira até ficar esbranquiçado.
Junte o chocolate e a manteiga derretidos, com uma espátula, e vá misturando a farinha de trigo aos poucos.
Leve para assar de 6 a 10 minutos, fique de olho, cuidado para não queimar os "gatinhos".
Os bolinhos devem crescer e ficar com o meio molinho ( no meio a massa fica crua).
Desenforme-os directamente no prato em que irá servir (cuidado para não queimar as pontas dos dedos).
Servi-los com uma bola de gelado de creme ou de baunilha e calda de chocolate para enfeitar.
Frases soltas ao pequeno almoço
"Fixe!"
"Aquele caramelo..."
"Mas tu...trabalhas? (he,he,he...)"
" Combói0"
Aquele que adivinhar recebe um beijo meu (em pensamento!Claro!)
Que estavam à espera?
A lenda da Ferreirinha
No ano de 1861, o Barão Forrester conheceu Dona Antónia Ferreira, conhecida por todos como Ferreirinha, figura importantíssima da região, empresária proprietária de diversas quintas no vale do Douro e, dizem, dona de estonteante beleza. Em uma tola tentativa de galanteio, o Barão ofereceu-se para levar Dona Ferreirinha de barco até Régua, vangloriando-se de seus amplos conhecimentos na geografia da região. Conta-se por aí que durante o percurso o barão ficou de tal forma hipnotizado pela formosura da Ferreirinha, que se distraiu da direcção do barco, batendo nas pedras. Com o naufrágio, o barão veio, ironicamente, a falecer, enquanto Dona Ferreirinha se salvou, já que, reza a lenda, as amplas saias de seu vestido insuflaram-se de ar, servindo-lhe de bóia até que fosse resgatada. Ferreirinha só foi morrer bem velhinha (ainda mais considerando a época) aos oitenta e cinco anos, depois de muito aprontar por aí, imortalizando a marca de vinhos do Porto "Ferreira".
domingo, 8 de novembro de 2009
teorias blá blá blá
Tantas teorias!!!
Vem mais um "génio da medicina" que contraria o que se dizia que fazia bem.Mas afinal em que ficamos?
Meu conselho: uma boa alimentação rica em amor, misturada com uma pitadinha de pimenta (ah, como eu gosto de pimenta no queijo fresco), acrescenta-se um beijo de chocolate, um abraço com sabor a morango...assim ficaremos com uma pele melhor e seremos jovens toda a vida.
Mais prolongado do que o beijo
CHOCOLATE OU BEIJO? O QUE PREFEREM?